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Bailarina Leopoldense que perdeu tudo na enchente supera as adversidades e realiza vaquinha para ir ao Festival de Dança de Joinville

Nesta quinta-feira (18), o Programa Start News recebeu a bailarina Amanda de Menezes Pinto e sua mãe, Ana Paula de Menezes, para compartilharem a trajetória da jovem de 12 anos no balé e a campanha de arrecadação de fundos para levar ela ao 41º Festival de Dança de Joinville, um dos eventos mais prestigiados do gênero no Brasil.


Amanda começou o balé aos cinco anos, inspirada por uma apresentação em uma praça. "Eu comecei o balé com cinco anos. Comecei porque vi uma escola de balé dançando em uma praça e gostei, queria fazer. Minha mãe procurou escolas para eu começar a dançar. A primeira escola que ela achou foi a mesma que estava dançando na praça. Foi o destino. Daí, eu comecei na Brilharte Escola. Não dá para esquecer minha primeira professora, que foi a Giovanna Isoton", relembrou Amanda.


Ana Paula, mãe de Amanda, complementou: "Ela viu a apresentação e os olhos dela brilharam. E a gente procurou, naquela mesma semana, escolas para ela dançar. Eu acabei ligando, marcando uma aula experimental. E só descobri depois que eu cheguei na escola que era a mesma que tinha visto na praça. Ela sempre dançava em casa, desde pequenininha, sempre com música, muito alegre. Buscávamos alguma atividade para ela, mas não tinha despertado ainda. Quando assistiu e pediu, fomos atrás. Inclusive, quando chegamos na escola, ela tinha recém sido fundada, mais ou menos em junho de 2017".


Amanda, ao falar sobre seus primeiros passos na dança, contou como foi a sensação. "Comecei com o balé nessa escola. Os primeiros passos são complicados, difíceis, mas eu sempre gostei de dançar. Para mim, eu chegava lá e só dançava mesmo, sem vergonha. Fui evoluindo, mudando de turma, e começou a ter mais técnica, com passos difíceis de serem executados. Quando fui para o nível dois, já era mais técnico, com estica joelhos e ponta do pé, então era mais complicado", disse a jovem.


De acordo com Ana Paula, a filha tem disciplina para encarar a rotina diária de treinos. "A mãe ficava cuidando, vai fazendo direito, tem que treinar. Hoje, não tenho mais esse problema com ela. Ela é bem regrada, com horários de treino em casa, que são diários. Ela tem uma rotina bem intensa, faz ginástica e balé, representando a Sociedade de Ginástica de São Leopoldo e a escola na modalidade de dança. Segunda e quarta, balé; terça, quinta e sexta, ginástica. Os treinos de ginástica são à noite, até às 21h30. Fora isso, ainda tem a rotina escolar", explicou.


Durante o programa, Amanda também relembrou suas primeiras competições. "Minha primeira coreografia foi da personagem Ariel. Fui para festivais e consegui premiação. Todos os anos, mudamos de coreografia. Um ano depois, dancei um balé de repertório, Fada Vermelha, e consegui premiação em vários festivais. Começamos a ir para Joinville, e fui a selecionada da escola para ir. Ano passado, fomos de novo, e fui com dois balés de repertório. Este ano, estou indo novamente com três coreografias", contou sobre seus feitos.


Ana Paula explicou ainda o processo de seleção para o festival, um dos maiores do país. "Todos os anos, quando abre o regulamento do festival, as escolas começam a preparar coreografias e enviar vídeos. Não é só se inscrever e dançar, há uma seleção com nota. Este ano, enviamos três vídeos da Amanda, e ela foi selecionada. A professora Giovanna e os outros professores identificaram seu talento e determinação. Além da rotina intensa de balé e ginástica, Amanda foi convidada para ser monitora da escola, auxiliando nas turmas de baby balé e pré, com meninas de sete e oito anos", pontuou a mãe da jovem bailarina.


"Tenho várias inspirações, como minha professora de balé, Giovanna, Ana Botafogo, que é uma grande bailarina, e Luciana Sagioro. Gostaria muito de conhecer Ana Botafogo pessoalmente", elencou Amanda que, inclusive, mandou uma declaração ao vivo para Ana Botafogo. "Quero aprender mais e me tornar uma bailarina profissional. Não desisto e me cobro muito. Mesmo com as dificuldades, foco e determinação me ajudaram a conseguir", confidenciou a leopoldense.


Ana Paula adiantou os gêneros da apresentação da filha, mas também ficou emocionada ao falar sobre a enchente de maio, onde a família perdeu tudo. "Ela vai dançar três coreografias em Joinville: uma de neoclássico, um solo de contemporâneo e um balé de repertório. Recebemos a notícia da seleção durante uma enchente que afetou nossa casa. Perdemos tudo, inclusive 63 figurinos de balé da Amanda. A resposta da aprovação foi um alívio, mas também um desafio, pois não sabíamos se seria possível participar. A escola também foi muito afetada, com mais de 20 meninas perdendo tudo", disse.


A campanha de arrecadação de fundos foi essencial para Amanda e sua professora participarem do festival. "Fizemos uma vaquinha para arrecadar fundos e custear a viagem para Joinville. Graças ao apoio, conseguimos ultrapassar a meta e garantir a participação de Amanda no festival", explicou Ana Paula.


A trajetória de Amanda é um exemplo de perseverança e amor pela dança, mostrando que com dedicação e apoio, é possível superar obstáculos e alcançar sonhos. A gravação completa do Programa Start News está disponível nos canais da TV Start News no YouTube e Facebook.


Confira a entrevista completa:

Amanda Wolff, da Redação Start

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