Brasil registrou média de três eventos climáticos por dia em 2023; número é recorde, diz Cemaden
- Start Comunicação
- 24 de jan. de 2024
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Dados divulgados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com sede em São José dos Campos (SP), apontam que o Brasil bateu recorde de ocorrências de eventos hidrológicos e geohidrológicos em 2023.
De janeiro a dezembro, segundo o Cemaden, foram contabilizados 1.161 eventos, sendo que 716 (61,7%) desses eventos foram hidrológicos, como transbordamento de rios, por exemplo, e outros 445 (38,3%) foram de natureza geológica, como deslizamentos de terra. Na média, o país registrou pelo menos três eventos hidrológicos e geohidrológicos diariamente.
Pela primeira vez, o país fechou um ano com mais de 1 mil ocorrências. Segundo o ranking do Cemaden, Manaus (AM), com 23 ocorrências, lidera a lista. Veja abaixo as cidades com maior número de ocorrências:
Manaus (AM) – 23
São Paulo (SP) – 22
Petrópolis (RJ) – 18
Brusque (SC) – 14
Barra Mansa (RJ) – 14
Salvador (BA) – 11
Curitiba (PR) – 10
Itaquaquecetuba (SP) – 10
Ubatuba (SP) – 9
Xanxerê (SC) – 9
Ao todo, o Cemaden monitora 1.038 municípios ininterruptamente. Além das ocorrências, o órgão também registrou uma grande quantidade de alertas de desastres.
Ao todo, 3.425 alertas foram emitidos em todo o país entre janeiro e dezembro – o que representou uma média de pelo menos nove alertas emitidos diariamente. Desse total, 1.813 foram alertas hidrológicos (52,9%) e outros 1.612 alertas geohidrológicos (47,1%).
No ranking de municípios, Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi a cidade que mais concentrou o número de alertas emitidos: em 2023 foram 61 alertas de desastres na cidade. São Paulo aparece em segundo lugar, com 56.
Municípios com maior número de alertas de desastres:
Petrópolis (RJ) - 61
São Paulo (SP) - 56
Manaus (AM) - 49
Belo Horizonte (MG) - 40
Rio de Janeiro (RJ) - 35
Juiz de Fora (MG) - 34
Angra dos Reis (RJ) - 30
Recife (PE) - 26
Teresópolis (RJ) - 25
Nova Friburgo (RJ) - 25
Segundo o Cemaden, a mudança no clima pode explicar o recorde de desastres naturais registrados no país em 2023, como, por exemplo, a transição do fenômeno La Niña para o El Niño, o que ocasionou uma mudança no padrão das chuvas em relação à média histórica.
Impactos
Ainda de acordo com o balanço divulgado pelo Cemaden, nos mais de 1,1 mil desastres registrados no país em 2023, foram contabilizadas 132 mortes associadas às chuvas.
Além disso, foram 9.263 pessoas que ficaram feridas ou enfermas após os desastres e 74 mil pessoas desabrigadas. O balanço mostrou ainda que, ao todo, 524 mil ficaram desalojadas.
Ao todo, os prejuízos econômicos causados pelos desastres no país somaram cerca de R$ 25 bilhões, entre áreas públicas e privadas.
Fonte: g1
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