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Canoas apresenta a patrona da 37ª Feira do Livro


Lilian Rocha é a primeira mulher negra patrona da Feira do Livro de Canoas | Foto: Divulgação

Observadora da vida, que encontra o extraordinário no cotidiano, como ela mesma conta. Aos 55 anos, Lilian Rocha foi eleita patrona da 37ª Feira do Livro de Canoas e prepara-se para participar da programação híbrida de 1º a 12 de outubro. As atividades presenciais estão previstas para ocorrerem na Praça da Bandeira, localizada em frente a igreja matriz São Luís Gonzaga. O evento é organizado pela Secretaria Municipal da Cultura e deve apresentar mais detalhes da atividade nas próximas semanas.


Farmacêutica, Lilian Rocha atua como analista clínica há 33 anos. Mas, desde que foi alfabetizada, aos 8 anos, a portoalegrense começou a escrever versos que distribuía para a família. “Meus pais sempre incentivaram a leitura. Como eu era a caçula, eu herdava também os livros dos meus irmãos”, conta. Nos últimos dez anos, a ocupante da cadeira 49 e diretora de Relações Sociais, da Academia de Letras do Brasil – Seccional RS, dedicou-se a produção literária independente e coletiva.


“Se não fosse o livro e a arte as pessoas estariam sufocadas”


“A minha poesia e escrita sempre vão trazer alguma reflexão. O lirismo é importante. Mas, escrevo para que as pessoas possam pensar para transformar, de alguma forma, suas vidas”, expressa Lilian Rocha. Indicada pela Associação Gaúcha de Escritores (AGES) para ser patrona da festa dos livros canoense, a autora destaca que já participou como representante do Sopapo Poético em edições anteriores da Feira e também prestigiou trabalhos dos escritores canoenses.


Com alegria e muitas expectativas para a 37ª Feira do Livro de Canoas, a Lilian Rocha pela primeira vez atua como patrona. “Espero que as pessoas possam participar e aproveitar a diversidade de assuntos e autores e que as atividades possam trazer enriquecimento. A cultura foi a grande válvula de escape neste momento de pandemia. Se não fosse o livro e a arte as pessoas estariam sufocadas”.


Cadeia literária deve ganhar debate


Autora de A Vida Pulsa – Poesias e Reflexões (Editora Alternativa, 2013);

Negra Soul (Editora Alternativa, 2016); Menina de Tranças (Editora Moderna, 2018 e finalista do Prêmio Minuano de Literatura 2019), entre outras participações em cerca de 50 antologias brasileiras e portuguesas, Lilian Rocha adianta que toda a cadeia literária tem que ser debatida. “É mentira que o povo brasileiro não gosta de ler. As pessoas querem ler, mas muitas vezes falta acesso. O livro ainda é caro e nem todas as pessoas podem adquirir ou contam com internet”, pontua a escritora.


Canoas elege primeira patrona negra


Negritude é uma das temáticas, mas também questões do cotidiano, sociais e o protagonismo feminino marcam a literatura da primeira mulher negra eleita para ser patrona da Feira do Livro de Canoas. “O fato de eu ser mulher negra é importante para a representatividade. Mas não é estanque. Recebi retorno de muitas mulheres negras e não negras que se sentiram representadas com a minha eleição”, salienta Lilian.


Coautora do livro Leli da Silva – Memórias: Importância da História Oral (Alternativa, 2018) e coorganizadora da Antologia Sopapo Poético – Pretessência (Editora Libretos, 2016), Lilian observa que a literatura negra durante muito tempo foi invisibilizada. “Felizmente os tempos estão mudando. Pode-se perceber que outro mundo é possível. As pessoas podem conhecer outros universos. Não apenas a literatura feita pelo homem branco, de classe média”.


37ª Feira do Livro de Canoas – 2021


Data prevista: De 1º a 12/10

Local: Híbrido (Praça da Bandeira e atividades online)

Slogan: 26 letras e infinitas conexões

Tema Literário: Centenário de Josué Guimarães

Patrona: Lilian Rocha

Curador: Luciano Alabarse


Fonte: PMC

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