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Carrefour implanta novo sistema de segurança 10 meses após morte de João Alberto no RS


Homem negro é espancado até a morte em supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre, em novembro de 2020 | Imagem: Reprodução

Ao completar 10 meses da morte de João Alberto Silveira Freias, homem negro assassinado em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, a empresa anunciou a conclusão da implantação de um novo sistema de segurança em suas lojas.


Entre as medidas, estão o fim da terceirização e a contratação de agentes próprios, o treinamento dos profissionais, o uso de câmeras acopladas ao uniforme e a adoção de critérios de diversidade para compor o efetivo das lojas.


As novas práticas começaram a ser adotadas nas lojas de Porto Alegre, entre elas a do bairro Passo D'Areia, onde houve o caso, servindo como modelo para outros estabelecimentos da rede no Brasil.


Segundo Claudionor Alves, diretor de Segurança, Riscos e Prevenção do Grupo Carrefour Brasil, a nova política da empresa faz com que a maior parte do efetivo seja de negros, com pouco mais de um terço de mulheres.


No Rio Grande do Sul, foram contratados 134 agentes para as seis lojas da rede no estado. No Brasil, são mais de mil profissionais, entre contratados e antigos terceirizados incorporados pela empresa.


Segundo a direção da empresa, as mudanças começaram em dezembro de 2020 e sendo adotadas ao longo de 2021. Em junho, o Carrefour firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) de R$ 115 milhões em ações de combate ao racismo.


O diretor de Gestão de Riscos do Grupo Carrefour Brasil, Jérôme Mairet, pontua a mudança de foco da segurança em si, com o fim de reduzir as perdas das lojas, para o auxílio ao cliente. A empresa afirma ter colocado em prática um protocolo para administrar situações de conflito. Veja vídeo abaixo.


"Esses protocolos têm o objetivo de humanizar o relacionamento e de não necessariamente dar uma resposta de segurança a todos os problemas e todos os conflitos que a gente encontra na loja. Hoje a missão do agente de prevenção numa loja do Carrefour é de atender o cliente", sustenta.


Na segurança externa, que trabalha no controle de acesso e estacionamento, por exemplo, o Carrefour segue contratando seguranças terceirizados. Segundo a empresa, a lei exige a contratação de empresas com autorização da Polícia Federal para operar.


De acordo com Claudionor Alves, tanto clientes quanto funcionários deram retornos positivos em relação às medidas aplicadas, inicialmente, em Porto Alegre.


"A gente teve que trabalhar muito fortemente com educação, tendo como premissa básica o letramento racial, a prática do respeito", comenta.

Negro, Claudionor Alves afirma que seu trabalho no rede, iniciado em janeiro de 2021, não se dá "simplesmente para ocupar uma cadeira de diretor". O executivo ressalta sua carreira e experiência na área a fim de "trazer valores" à companhia.


Uma empresa de auditoria externa foi contratada para verificar o andamendo das adequações promovidas pelo Carrefour, afirmam os diretores.


Fonte: G1



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