CASO ALESSANDRA DELLATORRE: Polícia Civil confirma que encontrou restos mortais da advogada
- Start Comunicação

- 18 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
Chegou ao fim, na manhã desta terça-feira (18), o mistério sobre o desaparecimento da advogada leopoldense Alessandra Dellatorre, após quase dois anos. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil confirmou, durante coletiva realizada na Cidade da Polícia, em Porto Alegre, que a ossada encontrada no dia 7 de junho, no limite entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, é de Alessandra.
O local onde os restos mortais foram encontrados coincide com a região em que a advogada foi vista pela última vez, nas proximidades do Horto de Sapucaia. No começo do mês, a investigação já havia apontado que a ossada era de uma mulher – devido à identificação e anatomia dos ossos –, e foi encaminhada para o Instituto-Geral de Perícias (IGP) para exames como análise da arcada dentária, exame antropológico (que identificou, por exemplo, próteses mamárias) e de comparação genética.
Uma série de análises foi solicitada ao IGP para averiguar o que causou a morte de Alessandra. Os resultados obtidos até o momento não indicam qualquer sinal de violência, como fraturas ou outros tipos de lesões aparentes na ossada. Neste cenário, a principal hipótese da Polícia Civil neste momento é de que a advogada tenha sofrido um mal súbito e que tenha falecido no local, sem interferência de outra pessoa.
Segundo o chefe do DHPP, delegado Mario Souza, "podemos dizer que o caso de desaparecimento está encerrado. A primeira missão era encontrar. Claro que sempre buscamos o encontro com vida. Não sendo possível, nos empenhamos em devolver a pessoa para que a família possa fazer a despedida".
Com a localização da ossada, o inquérito do desaparecimento de Alessandra foi encerrado, segundo a Polícia Civil. Um novo inquérito será instaurado para apurar as circunstâncias da morte. Não há indicativos de que tenha ocorrido crime, ainda de acordo com a Polícia Civil.
Diretor-geral adjunto do IGP, Maiquel Santos afirmou que foram produzidos três laudos periciais. Um deles é o laudo do local da morte, outro é o laudo antropológico, que demonstra a situação em que estava o corpo, e o terceiro o de identificação.
"Já estava no nosso radar a busca pela Alessandra. Já tínhamos documentação odontológica, e material genético colhido de familiares. O IGP trabalhou na produção desses três laudos. Assim, foi possível apontar que aquele cadáver é efetivamente da Alessandra", explicou.
Segundo a delegada Mariana Studart, titular da DPHPP de São Leopoldo, uma testemunha viu a Alessandra passar caminhando em direção a área de mato, onde ela acabou sendo encontrada. Conforme a polícia, é uma área densa em alguns pontos. "Tudo leva a crer que ela caminhou em zigue-zague. Daria mais ou menos 1,9 mil metros em linha reta. E aqui foi o encontro da ossada, próximo da área militar", explicou.
Segundo a delegada Mariana, Alessandra costumava caminhar naquele entorno. "Por algum motivo ela entrou na área da mata. O nosso último registro por câmera nos levava a crer isso. Infelizmente, aquele tempo não houve sucesso nas buscas. A área de mata é muito vasta e densa", disse.
O corpo de Alessandra foi localizado durante uma limpeza do terreno realizada nesta área da União. "A posição onde ela estava, próximo ao muro, que conforme as investigação preliminares não há nenhum sinal que demonstrem acontecimento de um crime. Não há ossos quebrados, trincados, roupa estava colada ao corpo. Então, não há indicativos nesse primeiro momento de crime", afirmou Souza.
Relembre o caso
Alessandra Dellatorre desapareceu em 16 de julho, um sábado, depois que saiu de casa para caminhar, como costumava fazer. Naquela tarde, a jovem vestiu um moletom preto e calça da mesma cor, deixou celular e documentos em casa, e saiu.
Ao perceber que a jovem não voltou para casa, a família passou a se mobilizar e acionou a polícia. Foram espalhados cartazes com fotos e informações sobre a advogada no entorno de sua casa e em vias movimentadas de São Leopoldo, assim como em municípios da região. O sumiço de Ale, como era chamada pelos mais próximos, gerou inúmeras mobilizações, tanto nas redes sociais quanto nas ruas, clamando por informações. Sem respostas, a família chegou a expandir a procura para outros Estados.
*Matéria em atualização
Guilbert Trendt, da Redação Start, com informações de GZH
































Comentários