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Como o PCC se infiltrou no mercado financeiro e usou as fake do PIX como "aliado" para facilitar seus crimes

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A recente operação da Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo e da Receita Federal, não apenas revelou a maior ofensiva já feita contra a infiltração do crime organizado na economia formal, mas também escancarou uma face pouco debatida: a utilização de desinformação como aliada estratégica do crime.


Vídeo fake de Nikolas Ferreira teve mais de 200 milhões de visualizações


A "informação" de que o PIX seria taxado viralizou após a divulgação de um vídeo pelo deputado Nikolas Ferreira (PL), que alcançou mais de 200 milhões de visualizações. Nele, o parlamentar criticava uma nova norma que previa maior supervisão de movimentações financeiras de fintechs, que acabou sendo revogada em meio a uma crise política desencadeada pelo vídeo.


As investigações mostram que o Primeiro Comando da Capital (PCC) encontrou no setor de combustíveis um terreno fértil para movimentar bilhões de reais em fraudes com sofisticações nunca vistas. Postos de fachada, adulteração de combustíveis, notas fiscais falsas e empresas fantasmas formavam um labirinto de ilegalidades capaz de confundir até os mais atentos órgãos de controle. Mas a engrenagem do esquema não parava por aí.


Segundo fontes ligadas as investigações, o crime organizado teria se beneficiado de uma onda de fake news que circulou meses atrás sobre uma portaria da Receita Federal para melhorar o controle sobre operações financeiras com algum tipo de suspeita. O boato, massivamente compartilhado em redes sociais, gerou desconfiança na população e pressão política sobre o governo, que acabou recuando em algumas medidas.


Essa instabilidade, avaliam investigadores, abriu espaço para que o PCC ampliasse sua atuação financeira, aproveitando o ambiente de incerteza para dificultar rastreamentos e mascarar operações.


“Enquanto a opinião pública se concentrava nas discussões em torno das supostas mudanças no PIX, o crime organizado aproveitava o ruído para movimentar valores e fortalecer suas rotas de lavagem de dinheiro”, relatou um servidor próximo ao caso.


O uso da desinformação como cortina de fumaça é um ponto que chama a atenção de especialistas em segurança. Para eles, a estratégia vai além da economia do crime:

revela a capacidade do PCC de se adaptar às novas ferramentas digitais e utilizá-las não apenas para comunicação interna, mas também para influenciar o ambiente político e social em seu benefício.

A operação da Polícia Federal prendeu dezenas de envolvidos, bloqueou centenas de milhões de reais e desmontou parte da rede criminosa. No entanto, o recado mais contundente vai além das celas e dos bens apreendidos: a luta contra o crime organizado não está apenas nas ruas ou nas empresas de fachada, mas também no campo invisível da informação.


O episódio mostra que, em tempos de hiperconectividade, combater organizações criminosas exige não apenas inteligência policial e rigor fiscal, mas também uma política ativa contra a desinformação, arma cada vez mais usada como escudo para os interesses do crime.


Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br / Por Bado Jacoby

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