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Condenado por abuso sexual, médico admite que ‘estimulou clitóris de pacientes’


Registro profissional do nutrólogo Abib Maldaun Neto, condenado em segunda instância por violação sexual | Imagem: Reprodução

O nutrólogo Abib Maldaun Neto admitiu, em depoimento à Justiça de São Paulo, que estimulou o clitóris de pacientes durante exames clínicos em seu consultório. De acordo com o conteúdo pelo qual a GloboNews teve acesso e divulgou nesta quinta-feira (26), o médico classificou o procedimento como "de rotina" para verificar efeitos colaterais pelo uso de hormônios.


Pelo menos seis ex-pacientes e uma ex-funcionária relataram terem sido vítimas de abuso sexual pelo profissional. Segundo as vítimas, o crime ocorreu durante a realização de exames físicos dentro do consultório de Maldaun, localizado na zona Oeste de São Paulo.


As vítimas afirmam que procuraram atendimento, pois ele era um médico renomado e que atendia celebridades. Ele foi condenado a 18 anos, seis meses e 13 dias de prisão em regime fechado.


Ainda segundo informações da GloboNews, durante depoimento, o médico nutrólogo contou que era procurado para realizar tratamentos que prevenissem o envelhecimento celular com o uso de antioxidantes e estimulassem o emagrecimento com medicamentos que promoviam "ativação metabólica maior".


Às vezes, relatou ele, os efeitos colaterais exigiam que colocasse os dedos dentro da vagina de algumas pacientes "para ver se tinha lubrificação" e avaliar "ereção clitoriana indesejável". Em outros casos, disse, para avaliar reclamações de candidíase das pacientes.


As vítimas, no entanto, não relataram queixas de efeitos colaterais durante o processo. E mais: de acordo com o secretário-geral da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), José Ernesto dos Santos, o procedimento não está previsto na especialidade de nutrologia, e sim de ginecologia.


No depoimento, Abib Maldaun Neto também revelou ter feito toque retal muitas vezes em pacientes homens "para ver se a próstata estava crescida ou não devido, à ação da testosterona". Nesse caso, explicou o secretário-geral da Abran, o ideal era que o médico encaminhasse o paciente para um proctologista.


O médico nutrólogo também negou várias vezes ao prestar depoimento que teve curiosidades ou prazeres sexuais nos exames, além de sempre ter tido autorização das pacientes. Ele afirmou ainda que sempre esteve acompanhado de enfermeiras. As vítimas, entretanto, negam.


Em abril do ano passado, Abib Maldaun teve seu registro cassado de forma definitiva pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina) após acusações de abusos sexuais cometidos durante consultas.


Em setembro de 2020, o órgão havia informado que o registro do nutrólogo ficaria suspenso durante seis meses enquanto as denúncias eram investigadas.


Fonte: Yahoo

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