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Desfile de 7 de Setembro mostra um PDT tentando se achar internamente - Por Bado Jacoby

Foto: William Natan
Foto: William Natan

O desfile cívico de 7 de setembro em São Leopoldo foi, sem dúvida, um momento de afirmação da cidadania e de reencontro da comunidade com a tradição das ruas. Mas, como não poderia deixar de ser, também serviu de vitrine para movimentos políticos. E quem mostrou sinais de articulação foi o PDT, partido que hoje detém a maior bancada da Câmara Municipal.


Os cinco vereadores eleitos na eleição de 2024 (Iara Cardoso, Fabiano Haubert, Tarzan Corrêa, Adão Rambor e Geison Freitas), e o primeiro suplente suplente (Aurélio da Padaria),  foram vistos juntos, conversando de maneira reservada durante o evento. Para quem acompanha a política leopoldense, o gesto não passou despercebido. Com certeza, foi um sinal de que o partido, depois de meses de afastamento interno, usou o momento do desfile para mostrar que busca e pode se manter unido.


O PDT chega a esse momento com um paradoxo: conquistou espaço, se tornou a maior força no Legislativo e compõe a base de sustentação do prefeito Heliomar Franco, mas ainda não encontrou sua paz interna. Vaidades pessoais, disputas por protagonismo e interesses particulares dos vereadores têm dificultado a construção de uma narrativa única.


E o risco é evidente: se o partido não se alinhar, perde não só a chance de influenciar o governo municipal, mas também a viabilidade de repetir a força eleitoral nas próximas eleições. A própria cúpula pedetista sabe que dificilmente o partido elegerá novamente tantos vereadores em 2028 se não apresentar unidade e clareza para seus tradicionais eleitores.


O gesto visto no desfile pode ser o começo de um caminho. Mas a grande pergunta que paira sobre os bastidores é: quem conduzirá esse processo de "pacificação"?  Fala-se em lideranças de dentro do Legislativo, em nomes da executiva municipal e até em articulação com figuras estaduais do PDT. Mas, por enquanto, tudo está em aberto. Com certeza, nem o atual presidente Fabiano Haubert ou qualquer outro que esteja no posto, vai conseguir sozinho fazer essa tarefa tão complexa.


Uma coisa é certa: a política não dá espaço para improvisos prolongados. O PDT, em São Leopoldo, precisa decidir se será protagonista de uma história de consolidação ou se ficará conhecido como um partido que desperdiçou o capital político conquistado. O desfile mostrou que o jogo começou. Os próximos capítulos dirão se haverá música de marcha coletiva ou se cada vereador continuará tocando seu próprio tambor.


Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br / Por Bado Jacoby

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