Na manhã desta quinta-feira (10), foram cumpridas prisões preventivas contra dois detentos, e um morador de Canela, que seriam os mandantes da morte do motorista de aplicativo Kelvin de Paula Ferreira, 20 anos, no fim de setembro, em Igrejinha.
Segundo investigações da Polícia Civil, a morte foi encomendada e quem realizou a ação foi um grupo de matadores a serviço de facção do Vale do Sinos. O bando age com fardas militares e armas de grosso calibre em sequestros e execuções. Buscas foram feitas também no interior de São Paulo. Um quarto criminoso é procurado, enquanto as investigações prosseguem.
Segundo o delegado de Igrejinha, Ivanir Luiz Moschen Caliari, nem todos os executores poderão serem presos, já que três foram mortos e quatro acabaram sendo detidos após assassinato em Campo Bom e confronto com a Brigada Militar em Carlos Barbosa, no mês passado.
Além dos criminosos gaúchos, a facção conta também com um vindo de São José do Rio Preto, em São Paulo. O terceiro capturado, de 31 anos, estava em casa em Canela. O quarto que também é paulistano permanece foragido.
De acordo com os investigadores, a morte do motorista se deu por conta de um desentendimento com os "patrões" do tráfico. A facção criminosa que tem origem no Vale dos Sinos, realiza a distribuição das drogas em Gramado e Canela.
A mesma facção também orquestrou um sequestro em Campo Bom que acabou em um tiroteio com a Brigada Militar. O primeiro tiroteio aconteceu em Bento Gonçalves. Os fugitivos, em um Logan e um Corolla, passaram atirando contra os policiais. O Logan capotou e quatro foram presos, um deles ferido. Os fugitivos do Corolla entraram em novo confronto com brigadianos em Carlos Barbosa. Três morreram. Um quarto criminoso roubou um caminhão em uma casa próxima e foi preso em Bom Princípio. Foram apreendidos dois fuzis, uma espingarda calibre 12 automática, duas pistolas e uma carabina.
De acordo com a Polícia, o bando estava a caminho da Serra para novas execuções. Os cinco presos foram autuados em flagrante na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Bento Gonçalves onde ficaram em silêncio.
Fonte: Jornal NH
