Donos de agência de turismo no RS são indiciados por estelionato
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- 18 de fev.
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Os donos de uma agência de turismo de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram indiciados pela Polícia Civil por estelionato e crime contra as relações de consumo. Segundo a polícia, Luana Rocha Gomes e Diego Ferreira Souza eram investigados por suspeita de golpes contra clientes, que compravam pacotes de viagens, porém não recebiam o serviço.
Os empresários responsáveis pela Orange Travel foram presos no início de janeiro. Conforme a Polícia, Diego Ferreira segue preso preventivamente, e a proprietária Luana Rocha está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica desde a última sexta-feira (14).
A defesa de Diego Ferreira afirma que "sempre se manteve à disposição das autoridades para colaborar com a elucidação dos fatos".
A defesa de Luana afirma que "a prioridade neste momento, para a defesa técnica criminal, é demonstrar a viabilidade de indenização das vítimas dos cancelamentos através de um plano de recuperação judicial". Confira nota completa abaixo.
De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, a primeira fase da investigação indiciou a dupla por danos a 96 vítimas, que tiveram prejuízo de quase R$ 400 mil. A investigação segue, tendo em vista que a empresa teria lesado centenas de pessoas no Brasil e no exterior.
Segundo a polícia, há uma estimativa inicial de mais de 500 ocorrências policiais registradas, e um prejuízo superior a R$ 2 milhões.
Relembre o caso
Clientes de uma agência de turismo em Viamão passaram a se organizar em grupos de conversa por aplicativo de celular e a procurar a policia e o Procon relatando que pacotes de viagens eram cancelados sem qualquer perspectiva de reembolso.
A 1ª Delegacia de Polícia de Viamão iniciou a investigação sob a suspeita de estelionato por parte da agência. A investigação começou após uma onda de denúncias e relatos de vítimas que começaram a comparar suas experiências.
Histórico da agência e primeiras denúncias
No meio do ano passado, quando chegaram as primeiras denúncias, a proprietária da agência de viagens teria alegado dificuldades financeiras causadas pela pandemia, justificando o cancelamento dos pacotes e o atraso nos reembolsos.
Na época, a delegada Jeiselaure havia acreditado que não tinha intenção de lesar os clientes, já que a proprietária apresentou documentos que mostravam sua tentativa de ressarcir os prejudicados. A promessa de indenização era de que os reembolsos seriam feitos até julho de 2025.
"Naquele primeiro momento da investigação, não restou comprovado que esta proprietária da empresa queria lesar as vítimas e auferia alguma vantagem patrimonial com isso", explica a delegada.
No entanto, com o surgimento de novas denúncias, as autoridades começaram a questionar a versão apresentada pela empresária. Relatos mais detalhados indicam que, após o pagamento de pacotes via PIX, os clientes teriam visto suas viagens serem canceladas em questão de horas, sem qualquer justificativa plausível ou aviso prévio.































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