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Editorial: Criminalizar professoras(es) e escolas em casos de assédios sexuais, é o mesmo que proteger abusadores

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O caso recente de suspeita de assédio sexual a alunos em uma escola municipal de São Leopoldo, deveria servir como alerta máximo para toda a sociedade. Mas, em vez de unir esforços contra os verdadeiros criminosos, parte da opinião pública prefere o caminho mais fácil, que é o de apontar o dedo inquisidor, para professoras(es) e escolas. Isso é mais do que injusto. É perverso.


Professores e professoras não são cúmplices, são vítimas. Assim como os alunos, eles também enfrentam ambientes hostis, pressão diária, sobrecarga de trabalho e agora, ainda por cima, a tentativa covarde de criminalizá-los por crimes que não cometeram e que, muitas vezes, sequer poderiam evitar sozinhos. Jogar sobre os ombros da educação uma responsabilidade que deveria ser compartilhada por famílias, autoridades, Ministério Público e órgãos de segurança é de uma crueldade indescritível.


É preciso dizer com clareza: quem insiste em culpar a escola e professores, age como aliado do agressor. Ao atacar os professores, a sociedade desvia o foco dos verdadeiros culpados, que são os assediadores, manipuladores e predadores que se infiltram nos espaços de convivência infantil.


A direção e professores da escola envolvida, cumpriram seu papel acionando as instâncias competentes e fizeram exatamente o que deveriam ter feito. Mas, em vez de receber apoio, a escola e seu corpo docente, tem sido alvo de desconfiança e ataques. É lamentável. É revoltante. Professores já estão adoecendo mentalmente, enfrentam hostilidade dentro e fora das salas de aula, e agora ainda são tratados como culpados por aquilo que deveriam ser protegidos.


O recado precisa ser dado sem meias palavras: quem aponta armas contra a escola e professoras(es) não combate o assédio, e em vez disso, fortalece o abusador. 


Se a sociedade quiser, de fato, enfrentar essa chaga, precisa parar de mirar nas escolas e professoras(es) e começar a enfrentar o problema onde ele realmente está, que é, dentro das casas, nas famílias, nos espaços sociais e na rede de proteção que insiste em falhar.


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