Espetáculo Circoió leva alegria às escolas de São Leopoldo com os palhaços Menusko e Farelo
- Mariana Santos - Jornalista - MTB 19788/RS
- há 1 dia
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O Programa Start News recebeu o artista Walter Diehl, que dá vida ao palhaço Menusko, que junto com seu parceiro de apresentações, o palhaço Farelo, tem encantado crianças e adultos com apresentações cheias de humor e emoção com o espetáculo “Circoió”. Walter contou um pouco sobre a trajetória que o levou ao universo da palhaçaria.
Diehl, que atua há mais de duas décadas como palhaço, vem realizando um trabalho cultural intenso em escolas de São Leopoldo, levando não apenas diversão, mas também reflexão sobre o papel social da arte e a importância do riso em tempos difíceis. “A arte acontece meio por acaso na vida da gente. Quando vi, o palhaço já estava em mim desde a infância”, conta o artista. Desde então, Walter se aprofundou no universo da palhaçaria, com estudos junto ao LUME, grupo de pesquisa teatral da Universidade Estadual de Campinas/SP (Unicamp), que é uma referência internacional na pesquisa da arte da atuação.
Além de suas apresentações, Walter também compartilha reflexões profundas sobre o papel do palhaço na sociedade. “O palhaço é um personagem misterioso. Ele lida com todas as emoções. Faz rir, mas também pode emocionar com ternura”, explica. Apesar dos desafios, Walter segue motivado, sobretudo por atuar em regiões com pouco acesso à cultura. “Não precisa ser um palhaço de malabares ou equilibrismo. O essencial é ser autêntico, verdadeiro”, afirma.
Walter atualmente mora em São Leopoldo, e chegou durante a pandemia onde precisou, como tantos artistas, se reinventar. “Começaram a surgir trabalhos em vídeo, foi a forma de sobreviver na pandemia. Participei de uma mostra com vídeos de palhaços de várias cidades do RS. Foi aí que retomei a palhaçaria e nasceu o Circoió”, conta.
O Circoió, projeto de variedades criado ao lado de sua companheira Carol, percorreu diversas comunidades e instituições, com destaque para apresentações em locais de vulnerabilidade social. “Também nos apresentamos na Ilha do Pavão, São Leopoldo Fest e Feira do Livro de São Leopoldo, entre outros locais”, lembra o artista.
Com o apoio da Lei Paulo Gustavo (LPG), o projeto ganhou novo fôlego, apesar dos desafios causados pelas enchentes no município. Muitas escolas foram atingidas, e parte do trabalho foi redirecionado para abrigos de pessoas desalojadas. “Nesse contexto, fiz intervenções de palhaço em abrigos, durante a enchente de 2024. Levei alguns números para crianças e adultos. As crianças, mesmo sem entender a gravidade da situação, se entregavam ao lúdico. Precisavam disso durante a enchente, e continuam precisando agora”, conta Diehl.
Na última sexta-feira (23), o artista conta que o Circoió esteve na Escola Municipal Tancredo Neves, onde realizou uma apresentação elogiada por professores, alunos e pela comunidade escolar.
Segundo Diehl, a iniciativa conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e da Prefeitura de São Leopoldo, viabilizada por meio da LPG. “Entrei em contato com várias escolas oferecendo a proposta. Algumas talvez não tenham entendido muito bem o projeto, mas as que aceitaram, aceitaram totalmente, de forma muito parceira”, afirmou.
O Circoió segue a rota, agora passando por escolas prioritárias de São Leopoldo, levando cultura, afeto e um respiro lúdico para quem mais precisa. Afinal, como disse Diehl: “Elas continuam precisando e o palhaço continua resistindo”.
As atividades têm foco na interatividade com os alunos, e os resultados são visíveis. “É um trabalho muito belo, e o que vimos na Tancredo Neves foi de muita aceitação por parte do público presente. As crianças são extremamente educadas e carinhosas. Ficamos impressionados com a receptividade e com o envolvimento delas”, disse Diehl, destacando também o papel das professoras e da coordenação escolar no sucesso da ação.
As apresentações seguem sendo realizadas em outras instituições municipais de ensino, priorizando aquelas com maior vulnerabilidade social. A proposta não apenas aproxima os estudantes da arte, mas também fortalece a relação entre cultura e educação. “O trabalho nas escolas é uma oportunidade para levar experiências sensíveis e criativas às crianças, muitas vezes em realidades que têm pouco acesso a manifestações culturais”, concluiu o artista.
Da Redação www.startcomunicacaosl.com.br - Mariana Santos - Jornalista MTB 19/788
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