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Grupo de Teatro do Oprimido de São Leopoldo realiza curso de teatro para jovens de periferia


Com recursos da Lei Aldir Blanc, projeto do Grupo Movidos Pela Arte é realizado através de edital da Fundação Marcopolo. | Foto: Guilherme Santos

Na Associação de Moradores da Vila Brás é onde a mágica do teatro acontece. Desde 2017, o Grupo Movidos Pela Arte, fundado pelo educador social de São Leopoldo João Marcelo Schneider, realiza, semanalmente, oficinas de teatro gratuitas para crianças e adolescentes moradores da Vila Brás, localizada no bairro Santos Dumont, periferia de São Leopoldo/RS. A partir do próximo domingo, 15 de agosto, inicia o novo curso ministrado pelo João Marcelo que pretende realizar uma formação, em cinco semanas, com ênfase na multiplicação da metodologia do Teatro do Oprimido (TO) na comunidade.


“O Teatro do Oprimido é muito mais do que apenas teatro. Ele coloca o indivíduo em evidência e o faz assumir o protagonismo. Os jovens falam sobre suas vidas, vivências, experiências e violências sofridas diariamente”, explica João Marcelo, que complementa: “No teatro, dizemos que a arte imita a vida e vice-versa. No Teatro do Oprimido não há imitação. É a sua pura vivência exposta pelos atores e atrizes”.


O projeto “Teatro do Oprimido: O Curinga Comunitário” será executado de forma híbrida: parte presencial e parte à distância, totalizando 20 horas/aula. O curso foi contemplado pelo edital “Criação e Formação - Diversidade das Culturas”, elaborado pela Fundação Marcopolo em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio Grande do Sul, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20. O projeto será realizado respeitando todos os protocolos sanitários.


“Esse é o primeiro edital de nível estadual que somos contemplados com o Movidos Pela Arte. A ideia é que esse curso permita que haja a multiplicação de projetos como esse, que outras pessoas usem do TO para produzir arte e usem dessa metodologia como forma de transformação da realidade em que vivem”, comenta João Marcelo.


O projeto realizado pelo grupo de teatro Movidos Pela Arte tem parceria com a Fundação Marcopolo, com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente de São Leopoldo (Proame) e com a Associação de Moradores da Vila Brás.


Mas, afinal, o que é o Teatro do Oprimido (TO)?


É uma metodologia de teatro construída pelos brasileiros Augusto Boal e Bárbara Santos. Ele é uma ferramenta para discutir e refletir sobre as opressões enfrentadas cotidianamente. Propõe a construção de cenas e peças teatrais a partir das discussões para apresentar à comunidade em busca de uma transformação da realidade, visando alternativas contra as diferentes formas de opressão.


O Grupo Movidos Pela Arte também se faz um instrumento urgente e possível para a busca da transformação da realidade, pois possibilita a participação efetiva do jovem como “curinga”, ou seja, protagonista e crítico de sua realidade, fomentando o sentimento de pertencimento a um espaço territorial específico e com perspectivas de mudanças sociais através da arte e cultura, especificamente do teatro como veia crítica das realidades do cotidiano.


No TO, o multiplicador, mobilizador social, artista e ativista social é chamado de Curinga. João Marcelo é um Curinga formado pelo Centro de Teatro do Oprimido (CTO), localizado no Rio de Janeiro.


Sobre o Movidos Pela Arte


Foi criado em março de 2017, através de alguns participantes que produziram um espetáculo dentro da EMEF João Goulart, na Vila Brás, bairro Santos Dumont, São Leopoldo/RS. Esse espetáculo falava sobre as suas vidas como adolescentes e vivências diárias e contou com o educador João Marcelo Schneider para auxiliar na produção e dirigir o espetáculo. Após a apresentação, João Marcelo seguiu com o projeto e construiu, junto aos estudantes, de forma coletiva, o grupo Movidos Pela Arte.


O grupo tem como premissa oferecer oficinas de teatro para crianças e adolescentes do bairro de forma gratuita, utilizando a metodologia do Teatro do Oprimido. Além do João Marcelo, o grupo é composto por jovens da comunidade que atuam como curinga e, também, gerenciam o Movidos Pela Arte. Ao todo, são 60 crianças e adolescentes que fazem oficina de teatro.


Fonte: Assessoria

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