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Foto do escritorGuilbert Trendt

Guarda municipal ferido por atirador deixa hospital em Novo Hamburgo


Imagem: arquivo pessoal.

O guarda municipal ferido pelo atirador que matou quatro pessoas em Novo Hamburgo, na noite de 22 de outubro, retornou para casa. Volmir de Souza, de 54 anos, recebeu alta no fim da tarde desta quarta-feira (6), após passar mais de duas semanas hospitalizado. Ele foi atingido quando resgatava um policial militar da mira do criminoso.


Seis disparos atingiram o agente, sendo que dois acertaram o colete balístico dele e outros quatro o atingiram nos ombros. Souza teve os dois pulmões perfurados, além de duas costelas quebradas. Depois, enquanto recebia atendimento médico, ele ainda resistiu a mais duas paradas cardíacas.


Duas cápsulas permaneceram alojadas no corpo do agente até a terça-feira (5), quando foram retiradas. A recuperação é dolorosa, mas os médicos dizem que ele não precisará passar por outros procedimentos cirúrgicos. Com a voz cansada e sob efeito de medicação, o guarda municipal não poupa detalhes ao relembrar do tiroteio no bairro Ouro Branco.


"Chegamos ao local da ocorrência em quatro viaturas, após um chamado de apoio da Brigada Militar. Ali, encontramos dois soldados caídos. Também havia um terceiro policial militar, ferido, mas que tentava resistir”, descreve Souza.


Os PMs tombados eram Éverton Kirsch Júnior e Rodrigo Weber Volz, ambos mortos aos 31 anos. O outro, soldado João Paulo Farias Oliveira, de 26, lutava para sobreviver após ter sido baleado. O guarda municipal não hesitou em tentar salvar o colega da segurança pública.


"A gente não pensa duas vezes quando percebe uma situação dessas. Imediatamente tentei resgatar o soldado Farias, e foi então que o atirador passou a mirar em mim. Fui atingido duas vezes no acesso da residência”, detalha o guarda municipal.


O agente encontrou guarida atrás de um poste de luz. Ali, ele foi atingido por mais dois disparos. Souza permaneceu em meio ao tiroteio por cerca de uma hora, quando foi resgatado por PMs. “Não sei quanto tempo fiquei ali. Parecia uma eternidade”, diz.


Souza foi encaminhado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde Viviane Maurer, companheira dele, é recepcionista. Ela foi surpreendida com a entrada do guarda municipal na sala de emergência da instituição.


"Eu gritava pelo nome dele e ele chamava pelo meu, mas a equipe impediu que ficássemos juntos naquele momento, conforme estabelece o procedimento padrão da emergência. Foi terrível”, relembra a mulher.


O companheiro de Viviane acabou sendo transferido ao Hospital da Unimed, onde permaneceu até receber alta. A saída dele foi celebrada por colegas e familiares na porta do local.


"Agradeço, primeiramente, a Deus. Também quero agradecer aos colegas do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, além do atendimento da Unimed, Samu, Guarda Municipal e BM”, destaca Viviane Maurer, emocionada.


A fé do guarda municipal também foi reforçada após ele ter sobrevivido ao atentado. Quando pensa na morte dos soldados Éverton Kirsch e Rodrigo Weber, entretanto, Souza é tomado pela tristeza.


“Considero que tive um livramento de Deus. Não sei qual foi o propósito, mas ele quis que eu continuasse aqui. A morte dos policiais é o mais triste de tudo isso. Eles eram jovens e ainda tinham toda a vida pela frente”, lamenta.


Três feridos por atirador seguem internados


Três pessoas ainda permanecem hospitalizadas desde o ataque. O soldado João Paulo Farias Oliveira, que foi atingido na cabeça, se recupera no Hospital Militar de Porto Alegre. De acordo com a BM, ele está lúcido e tem quadro de saúde estável.


Cleris Crippa, de 70 anos, mãe do atirador, está internada no Hospital Centenário, em São Leopoldo. A família vetou a instituição de divulgar o estado de saúde da idosa. A nora dela, Priscila Martins, de 41, está no Hospital da Unimed, fora de risco.


Fonte: Correio do Povo

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