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Hamas sinaliza aceitação parcial de plano de Trump e propõe comitê palestino para administrar Gaza

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O movimento palestino Hamas anunciou nesta sexta-feira (3/10) que concorda em transferir a administração da Faixa de Gaza para um comitê palestino independente, com base em “consenso nacional” e apoio de países árabes e islâmicos. Em comunicado, o grupo também reafirmou sua disposição de liberar todos os reféns israelenses vivos, bem como entregar os corpos dos mortos, conforme o plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


Apesar da disposição declarada, o Hamas condicionou esses passos ao cumprimento de “condições de campo” e à negociação de detalhes. O grupo afirmou que entrará imediatamente em tratativas mediadas para acertar os termos e destacou que outras questões, como o futuro político de Gaza e direitos do povo palestino, deverão ser debatidas em uma estrutura nacional mais ampla, na qual o Hamas pretende participar.


Posições e reticências

O anúncio ocorre após o presidente Trump expor uma proposta de 20 pontos para resolver o conflito entre Israel e Gaza, destacando a troca de reféns, cessar-fogo e reconfiguração administrativa de Gaza. Em reação, o Hamas declarou aceitar partes centrais do plano — como a libertação de prisioneiros e a transferência da administração — mas expressou reservas quanto ao desarmamento e à extensão total das exigências impostas.


Fontes como a Reuters apontam que o Hamas não confirmou compromisso com o desarmamento imediato, e que busca negociar prazos, garantias e elementos logísticos essenciais para a troca de reféns. O grupo também enfatizou que não se desentende da necessidade de uma autoridade palestina unificada para decidir os rumos de Gaza no futuro.


Possíveis desdobramentos

  • Se concretizada a transição administrativa, Gaza poderá ficar sob comando de tecnocratas independentes escolhidos por consenso, num modelo que busca neutralidade entre facções locais, com supervisão externa árabe-islamica.

  • A libertação de reféns — vivos ou mortos — dependerá de definição clara dos “condicionantes de campo”, bem como acordos logísticos entre mediadores regionais.

  • Outras partes da proposta de Trump — como desarmamento total do Hamas, supervisão internacional de segurança e reestruturação institucional — poderão gerar resistência e exigirão negociações complexas.

  • A participação de países árabes e islâmicos como apoiadores e facilitadores será estratégica para legitimar o comitê administrativo e mediar o processo político.


O contexto mais amplo

A guerra entre Israel e Hamas já provocou devastação massiva na Faixa de Gaza, alta mortalidade civil e deslocamentos em massa. A proposta de Trump chegou como uma tentativa de catalisar uma saída diplomática, com pressão dos EUA para que o Hamas aceite até domingo ou enfrente “consequências severas”.


Mesmo diante do anúncio, especialistas apontam que haverá um longo caminho até a materialização das intenções. A transição administrativa exige confiança entre as partes, mecanismos de fiscalização, garantias de segurança e um cronograma claro para evitar vazios de poder ou retomadas violentas.


À medida que o relógio político avança, o mundo observará se o Hamas vai efetivar sua disposição, ou se essa concordância parcial se transformará em mais uma promessa não cumprida no cenário político-militar do Oriente Médio.



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