Justiça determina que alunos investigados por ataque a facadas contra professora em Caxias do Sul sejam internados por até 3 anos
- Mariana Santos - Jornalista - MTB 19788/RS
- há 8 horas
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A Justiça determinou que três adolescentes — dois meninos de 14 e 15 anos e uma menina de 13 — devem ser internados por até três anos como medida socioeducativa por envolvimento no ataque a facadas contra uma professora dentro de uma escola municipal em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. A decisão do Juizado da Infância e Juventude da cidade foi tomada na quinta-feira (15).
A internação foi determinada por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o tempo máximo de internação é de três anos. O caso aconteceu no dia 1º de abril deste ano.
A professora, que prefere não se identificar, teve ferimentos na cabeça, nas costas e no pescoço. O advogado dela afirma que a mulher disse se sentir aliviada com a decisão, "mas não satisfeita". A professora não tem previsão de retorno ao trabalho.
O juiz de Direito Sílvio Viezzer afirma que ficou comprovada a autoria e não há nenhum fator que retire a responsabilidade dos adolescentes. Eles serão avaliados a cada seis meses para analisar se a medida está funcionando e se é possível aplicar alternativas mais brandas, como o serviço externo ou a semiliberdade.
O processo foi encerrado dentro do prazo legal de 45 dias. A defesa pode recorrer, mas a decisão já está em vigor.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, por falta de vagas em Caxias do Sul, os dois meninos foram enviados ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Novo Hamburgo. A menina ficará internada no Case Feminino (Casef), em Porto Alegre, única unidade do tipo no estado.
De acordo com a apuração da Polícia Civil, os adolescentes teriam planejado o ataque pelas redes sociais e levado cinco facas para a escola.
A investigação policial ainda apontou que a motivação dos alunos seria uma insatisfação geral com a escola e com os professores, e não direcionada à professora vítima do ataque.
Fonte: G1
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