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Livro sobre a desconstrução do racismo será distribuído nas escolas de São Leopoldo


Everton Gaide doou 80 exemplares que serão distribuídos nas escolas municipais de São Leopoldo. | foto: Chico Júnior

O vice-prefeito e diretor-geral do Serviço Municipal de Água e Esgoto, Ary Moura, acompanhado do secretário municipal de Educação, Ricardo da Luz, recebeu o escritor e doutor em pedagogia Everton Gaide na quarta-feira (01). O encontro ocorreu no Salão Nobre e no gabinete do vice-prefeito, na antiga sede da Prefeitura. Everton foi contemplado em primeiro lugar no concurso Aldir Blanc com o livro Resistência e Afirmação - O mínimo que você precisa saber para não ser um racista, doou 80 exemplares que serão distribuídos nas escolas municipais de São Leopoldo.


No livro, o autor fala sobre grandes personalidades negras que lutaram em diferentes momentos da história brasileira em busca de liberdade e respeito às suas tradições. A obra também mostra a oposição violenta do Estado Brasileiro, a Igreja e o poder econômico, com a intenção de demonstrar que o movimento se manteve forte diante de todos os obstáculos, garantindo a sequência de suas linhagens e se tornando o maior movimento popular do Brasil até hoje. Para o senador Paulo Paim (PT/RS), que assinou o prefácio da obra, o livro de Everton Gaide não deve ser esquecido. “É uma obra que não veio para ficar adormecida nas estantes, mas para passar de mão em mão, avivando um Brasil justo, solidário, fraterno, democrático e com direitos iguais para todos”, afirmou o Senador.


O autor do livro, residente no município de Campo Bom, falou aos convidados sobre uma motivação especial de entregar a obra à São Leopoldo, assim como na sua cidade e também em Novo Hamburgo. “São Leopoldo, especialmente, é o berço da colonização alemã no Brasil. Por isso, acho fundamental trazer esse tema para cá. O fim do racismo no Brasil não é apenas uma questão dos negros, mas de toda a sociedade”, destacou Gaide.


O secretário Ricardo da Luz lembrou que o preconceito com a cor na pele não nasce com as crianças, ele surge de alguma forma ao longo do seu desenvolvimento. “Ninguém se sente diferente naturalmente. De alguma forma, isso surge já na infância, às vezes dentro do ambiente escolar, mas nenhuma criança reproduz ou é vítima do racismo sem que essa cultura seja introduzida em suas vidas. Por isso, a excelente obra do Everton será distribuída em toda a rede municipal de São Leopoldo”, afirmou.


Já o vice-prefeito Ary Moura fez questão de lembrar que a história dos negros em São Leopoldo pode ser contada antes dos alemães e que é fundamental reconhecer isso na história. “Ser o berço da colonização alemã no Brasil é motivo de orgulho para São Leopoldo, mas antes disso os negros escravizados trabalhavam na produção na Real Feitoria do Linho Cânhamo. Depois ainda fundaram o Quilombo. É preciso falar sobre os alemães, mas é fundamental lembrar do trabalho escravo do povo africano aqui na região. Isso é reconhecer a história”, finalizou.


Também estiveram presentes o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), José Nunes, o vice-presidente do Movimento Negro do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Alexandre Testa, o representante do Grupo Abayomi, César Senna, e o suplente de vereador Johnson Souza (PDT).


Fonte: PMSL

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