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Medalhas das Olimpíadas de Tóquio foram feitas com partes de celulares e computadores reciclados


Medalhas das Olimpíadas de Tóquio de frente | Foto: Divulgação/Tokyo 2020

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio terão 100% de suas medalhas fabricadas com metais reaproveitados do lixo eletrônico. Dispositivos como celulares e computadores foram desmontados no Japão para reutilizar ouro, prata e bronze, presentes em componentes como as placas de circuito.


Smartphones e PCs possuem pequenas quantidades dos metais utilizados nas medalhas em suas placas-mães, que são a base para conectar outros itens, por exemplo. Para conseguir fazer aproximadamente 5.000 medalhas para os Jogos, a organização do evento precisou recolher uma quantidade enorme de lixo eletrônico.


Foram mais de 6 milhões de telefones celulares usados e mais de 78 toneladas de computadores, tablets, monitores e outros aparelhos antigos ou quebrados.


Isso porque a quantidade de metal presente em um único aparelho é muito pequena, como explica Tereza Cristina Carvalho, membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e pesquisadora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).


"É uma quantidade muito pequena de ouro e de cobre [nos aparelhos]. Esse volume vem diminuindo gradativamente com o avanço da tecnologia porque os metais são recursos não renováveis. Então, as empresas vêm desenvolvendo tecnologia para fazer as conexões com a quantidade cada vez menor deles", disse ao G1.


As medalhas pesam praticamente meio quilo, mas a composição de cada uma varia:

  • As de ouro são feitas com 550 gramas de prata reciclada coberta por 6 gramas de ouro, também reciclado;

  • As de prata são produzidas 550 gramas do próprio material;

  • As de bronze possuem 450 gramas de bronze vermelho.

As coletas foram realizadas nas lojas da NTT DoCoMo, principal operadora de celular país. Além disso, mais de 90% das autoridades municipais em todo o país (um total de 1.621) atuaram como pontos de entrega de dispositivos eletrônicos.

Os dispositivos foram recolhidos entre abril de 2017 e março de 2019 em mais de 18.000 locais espalhados pelo Japão.


No total, foram extraídos a partir do lixo eletrônico:

  • 32 quilos de ouro;

  • 3.500 quilos de prata;

  • 2.200 quilos de bronze.

Fonte: G1 Rio Grande do Sul



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