Morador de Porto Alegre perde R$ 1,8 milhão após cair em golpe de falsa corretora de investimentos
- Mariana Santos - Jornalista - MTB 19788/RS
- há 19 horas
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Um morador de Porto Alegre teve prejuízo de R$ 1,8 milhão após cair em golpe de uma falsa corretora de investimentos. O crime motivou, nesta quinta-feira (22), operação da Polícia Civil gaúcha no Rio Grande do Norte, onde operava o esquema.
Foram cumpridas 12 ordens judiciais, sendo três de prisão temporária, três de busca e apreensão e seis de indisponibilidade de bens. Até as 10h, dois suspeitos haviam sido detidos em Natal e um é considerado foragido.
Segundo a investigação, a vítima, de 71 anos, criou uma conta em um site de suposta corretora internacional de investimentos que dizia fazer parte de um dos maiores bancos de investimentos no mundo.
O esquema contava com um assessor que entrava em contato com o morador de Porto Alegre por meio de ligações e mensagens no WhatApp. A assinatura de um falso contrato em inglês também ocorreu.
— A vítima acessava a plataforma e colocava dinheiro. Diariamente, um corretor indicava investimentos, falava que uma ação ia valorizar, que era um bom momento para compra. Eles prometiam altos rendimentos. Quando achou que tinha uma valorização (do patrimônio) para R$ 5 milhões, tentou sacar o dinheiro e não conseguiu, foi quando chegou à conclusão de que havia caído em um golpe e procurou a polícia — contou o delegado Juliano Ferreira, da 8ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, responsável pelo inquérito.
Segundo ele, a plataforma simulava toda a estrutura do site de uma corretora de investimentos, com um painel que mostrava os aportes e a valorização do patrimônio da vítima. Tudo isso, porém, era manipulado pelos suspeitos, que receberam os valores e não compraram os ativos financeiros em nome do homem.
O morador da Capital fez diversos depósitos entre o segundo semestre do 2023 e o início de 2024, alguns de R$ 10 mil, R$ 20 mil e R$ 30 mil. O maior deles foi um na casa dos R$ 700 mil.
O idoso foi a única vítima identificada no Estado até o momento, mas a polícia diz acreditar que outras pessoas devem ter sido lesadas no esquema.
Os golpistas desativaram o site quando a vítima começou a reclamar que não conseguia sacar o dinheiro. Segundo o delegado, o morador da Capital já tinha experiência em investimentos.
— É preciso desconfiar de ganhos que fogem da normalidade, que é triplicar o investimento em pouco tempo. A orientação é buscar informações sobre a corretora junto aos órgãos oficiais, para saber se ela é efetivamente autorizada a operar no sistema financeiro. Também é fundamental pesquisar o histórico da empresa, se ela tem reclamações, se há uma sede física — orienta o delegado.
As três pessoas alvos da operação foram identificadas como as responsáveis por todo o esquema. Uma delas não foi encontrada na operação e é considerada foragida. O trio não teve o nome divulgado.
Fonte: Polícia Civil
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