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Médico Carlos Arpini defende pacto pela saúde em São Leopoldo


Foto: Andressa Brunner
Foto: Andressa Brunner

SÃO LEOPOLDO: o médico Carlos Veronese Arpini, participou na manhã desta sexta-feira(10) do programa Start News, onde fez uma ampla análise sobre a situação da saúde pública no Brasil, com foco no Rio Grande do Sul e em São Leopoldo.


Delegado do Conselho Regional de Medicina (CREMERS) no município e com mais de 30 anos de atuação no Hospital Centenário, onde foi diversas vezes diretor clínico e técnico, Arpini destacou que o cenário atual é de alerta máximo. Segundo ele, a saúde pública gaúcha vive um momento crítico, com risco constante de colapso no sistema hospitalar.


“O momento é gravíssimo. A região metropolitana está completamente sobrecarregada, com hospitais de Porto Alegre operando acima da capacidade — alguns com mais de 300% de ocupação. No interior, cidades como Passo Fundo também enfrentam superlotação e dificuldade em atender toda a demanda regional”, relatou Arpini.


Em relação a São Leopoldo, Arpini apontou que o principal problema é o subfinanciamento. “O Hospital Centenário precisaria de pelo menos R$ 10 milhões mensais para se manter adequadamente, e isso não acontece. As consequências estão aí: estrutura sobrecarregada, falta de profissionais efetivos e dependência de serviços terceirizados”, afirmou.


O médico também destacou que há anos o hospital não realiza concursos públicos, o que, segundo ele, afeta a qualidade e a continuidade dos serviços. “Grande parte da saúde municipal depende de terceirizadas, e essa política precisa ser revista com seriedade”, defendeu.


Arpini reconheceu que o novo governo municipal tem demonstrado disposição para enfrentar o problema, mas ressaltou que sozinho não conseguirá reverter o quadro. “É preciso um pacto amplo, com a união da classe política, das entidades e da sociedade civil. As emendas parlamentares são paliativas e não resolvem a estrutura do sistema. Precisamos de um movimento forte por mais repasses estaduais e federais para São Leopoldo”, enfatizou.


Durante a entrevista, o médico também fez questão de defender o Hospital Centenário e seus trabalhadores, criticando o comportamento de alguns setores da imprensa local.


“É inadmissível que, em um momento tão difícil, alguns veículos tentem explorar a crise com informações distorcidas. Isso aumenta a ansiedade da população e gera um clima de terror desnecessário”, desabafou.


Carlos Arpini reafirmou sua confiança de que, com diálogo e mobilização, é possível reverter o quadro atual. “Será difícil, mas é possível e depende de todos nós”, concluiu.


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