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O Diga Diga de Artes ainda vive - Por Gilmar Goulart Pinto

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Há dias em que o tempo parece voltar. O dia 11 de outubro de 2025 foi um desses.


Durante a 18ª Aldeia Sesc Capilé – “Território & Saberes: Lugares de Memórias”, vi, com emoção, o reencontro de gerações que fizeram parte de uma história que me acompanha desde a juventude: os 40 anos do Diga Diga de Artes.


Nos anos 1980, o Diga Diga foi um sopro de liberdade em São Leopoldo. Um festival onde amadores e profissionais subiam ao mesmo palco, sem distinções, apenas movidos pela vontade de criar. Era a arte pela arte pura, viva, despretensiosa.


Hoje, quatro décadas depois, ver Fábio Nagel, Andrea Guedes, Vana Bérgamo e Renato Jacques revivendo essa memória foi como abrir um livro antigo e encontrar nele páginas novas. No Largo da Câmara de Vereadores, os jovens daquela época, hoje pais e avós se encontraram com novos artistas que herdaram o mesmo espírito criativo.


Sou músico, jornalista, e vivi de perto aquele tempo. Fui aluno de Alexandre Luchese, da banda Thulle, criadora da canção “Anabiosis”. Ao ouvir o Deco recordar aquele período, senti a força da memória e a permanência da arte que resiste ao tempo.


E foi bonito ver que, em meio a um mundo dividido, a arte ainda une. No palco da Aldeia Sesc Capilé não havia polarização, havia poesia, teatro, música, literatura e respeito.


A cultura que defendemos é a cultura da paz, aquela que acolhe, emociona e reaproxima.


O Diga Diga de Artes segue vivo. Não apenas na lembrança, mas em cada artista que tem coragem de subir ao palco e continuar escrevendo essa história.


Gilmar Goulart Pinto, é músico e tradicionalista

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