O real sentido de dezembro - Por Daniela Bitencourt Andara
- Start Comunicação

- há 1 hora
- 2 min de leitura
Você já parou para pensar no real sentido do mês de dezembro?
E não! Não falo da espera do décimo terceiro, das filas de supermercados e lojas que parecem intermináveis e das confraternizações. Falo, deste instante, em que o ano, com a chegada de Dezembro, começa a empurrar a gente para muitas reflexões que vinhamos evitando desde março.
Dezembro chega como um espelho. Refletindo nossa nudez emocional. E, convenhamos, não é possível escapar do reflexo!
Então percebemos que fomos duros demais com quem só precisava de um pouco de paciência. Que fomos ingênuos demais em confiar em disfarces de "amigos". Que, por vezes, exageramos no orgulho e economizamos na gentileza. Que alimentamos mágoas bobas, mas esquecemos de alimentar a alma. Dezembro traz muitos avisos, mas a maioria deles, silenciosos: dá tempo de ser melhor. Ainda dá!!!!!
As crianças entendem isso antes da gente. Elas se divertem com o simples, se emocionam com as luzinhas piscantes e fazem festa com o que se têm. E nós, adultos, seguimos acreditando que o amor só vale quando tem um custo alto, quando é grande e cheio de etiqueta. A criança não tem essa arrogância emocional. E elas nos ensinam, todos os dias, que a felicidade é simples e o afeto é gratuito.
Dezembro não nos pede perfeição; pede presença e diálogo. Pede que a gente ouça mais e julgue menos.
E, talvez, o sentido desse mês seja justamente este: devolver humanidade, amor e compreensão. Fazer a troca da arrogância por diálogo, do assédio por valorização, da discussão por silêncio compreensivo, preconceito por olhar generoso. É um convite para validarmos a versão mais bonita de nós mesmos.
Que neste dezembro a gente escolha sentir mais, celebrar mais, apressar menos, acolher melhor.... Porque o real sentido desse mês é simples: é lembrar que, apesar de tudo, ainda podemos ser luz , presença e felicidade na vida de alguém.
No final das contas, dezembro também não é sobre consumismo, ceias elaboradas.... É sobre o que permanece quando a mesa esvazia e as luzes se apagam: bondade, empatia e aquele amor desajeitado que insiste em ficar (e tentar já é revolucionário!!!.)
Os Beatles já cantavam anunciando isso décadas atrás:
“All you need is love.”
“Tudo o que você precisa é amor.”
E dezembro vem apenas reforçar a canção.
Seja muito Bem-Vindo Dezembro!!!!

Daniela Bitencourt Andara, é Pedagoga e Professora da Rede Municipal de São Leopoldo































Comentários