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Papa Francisco fala de "mentalidade machista" na Igreja e pede que freiras deixem de ser tratadas como "empregadas"

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Imagem: Guglielmo Mangiapane/ Reuters.
Imagem: Guglielmo Mangiapane/ Reuters.

O Papa Francisco pediu que a "mentalidade machista" seja "superada" dentro da Igreja e que mais cargos de responsabilidade sejam atribuídos às freiras, nesta quarta-feira (22).


Durante uma reunião com representantes da fundação americana Conrad Hilton, que luta contra a pobreza, o pontífice também falou que "a missão das irmãs é servir aos mais desfavorecidos e não ser empregadas de ninguém".


"Frequentemente se denuncia que não há freiras suficientes em cargos de responsabilidade, nas dioceses, na Cúria e nas universidades, e isso é verdade. Investiu-se pouco nisso, muito menos do que na formação do clero", afirmou o papa, lembrando que "desde o dia do Jardim do Éden, quem manda são elas".


No domingo (19), Francisco anunciou que uma mulher, Raffaella Petrini, irá dirigir o Governo do Estado da Cidade do Vaticano – o órgão responsável pelas funções administrativas da Santa Sé – a partir de março.


Este mês, ele também nomeou pela primeira vez na história da Igreja uma freira, Simona Brambilla, para dirigir um dos "ministérios" do Vaticano, o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável pelas ordens e congregações religiosas.


Desde a eleição de Francisco em 2013, a proporção de mulheres que ocupam cargos na Santa Sé e na administração do Estado vaticano aumentou de 19,2% para 23,4%.


A Igreja tem sido criticada pelo papel das freiras empregadas no Vaticano e em outros lugares do mundo, já que frequentemente cozinham e realizam serviços de limpeza para sacerdotes, bispos e cardeais.


Fonte: g1

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