Para 65% dos eleitores republicanos, Trump foi salvo da tentativa de assassinato no sábado (13) por intervenção divina, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira (16).
A votação foi feita por dois dias com 1.202 americanos – 992 deles, eleitores registrados. Apenas 11% dos democratas concordaram que o candidato republicano foi "favorecido pela providência divina ou pela vontade de Deus".
Em levantamento de 2022, 77% dos americanos declararam acreditar em Deus, e o resultado da pesquisa dessa terça reflete o alinhamento crescente do Partido Republicano com os cristãos evangélicos nas últimas décadas.
Em pesquisa da Pew Research Center, em abril, 81% dos evangélicos brancos declararam seu voto em Trump, enquanto 77% dos negros apoiam Biden. Entre os católicos não hispânicos, 61% disseram que iriam votar no candidato republicano.
O cenário de discordância entre os eleitores de um partido e outro mudou quando a pergunta da Reuters/Ipsos foi referente à preocupação com a violência política: 84% disseram estar preocupados que extremistas cometam atos de violência depois da eleição – em maio, eram 74%.
Sobre a declaração de que o "o país está saindo do controle", 80% dos eleitores, tanto do Partido Republicano e Democrata, disseram concordar.
Apenas 5% dos entrevistados disseram ser aceitável que alguém em seu partido político cometesse violência para atingir um objetivo político, abaixo dos 12% registrados em pesquisa realizada em junho de 2023.
Em relação às intenções de voto, a pesquisa mostrou que o atentado contra a vida de Trump não provocou uma grande mudança no sentimento do eleitor: agora, o ex-presidente abriu uma vantagem sobre Joe Biden, mas ainda dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais da pesquisa – 43% contra 41% do democrata.
Atentado contra Trump
O ex-presidente e candidato republicano à presidência Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício eleitoral na Pensilvânia, no último sábado.
Um atirador subiu em um telhado a menos de 150 metros de onde Trump discursava e disparou diversos tiros com um fuzil AR-15, acertando o político na orelha. Veja o momento do atentado.
Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto pelo Serviço Secreto dos EUA logo após realizar os disparos. Técnicos do FBI obtiveram acesso aos dados do telefone de Crooks nesta segunda-feira (15), mas ainda tentam apurar a motivação para o crime.
O caso está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico, mas a ausência de um motivo ideológico claro por Crooks alimentou teorias conspiratórias. O FBI disse acreditar que Crooks, que tinha materiais para fabricação de bombas no carro que dirigiu até o comício, agiu sozinho.
Fonte: g1
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