Pesquisadores do RS identificam gene associado a casos graves de câncer cerebral infantil
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- 27 de jun. de 2022
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Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Laboratório de Câncer e Neurobiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Instituto do Câncer Infantil (ICI), identificaram a associação de um gene aos tipos mais graves do principal tumor cerebral maligno que atinge crianças, o meduloblastoma. O estudo foi publicado no periódico científico internacional NeuroMolecular Medicine.
"Identificamos que quando o gene ZEB1 está mais alto, os pacientes têm um prognóstico pior. A maior quantidade desse gene está associada a mais morte em grupos mais agressivos desse tumor", explica a doutoranda Livia Fratini, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da UFRGS.
Estudos anteriores já tinham mostrado que o ZEB1 participa do desenvolvimento do cerebelo, que é onde o tumor meduloblastoma se desenvolve, e que existia ZEB1 no meduloblastoma. O pioneirismo veio na associação do gene com os casos graves do tumor, chamados de grupos moleculares.
O estudo analisou cerca de 800 tumores humanos retirados de pacientes, além de amostras de cerebelo normal e células de meduloblastoma cultivadas em laboratório. Foi a partir desse material que Livia identificou que a presença de ZEB1 é aumentada de forma anormal nos tumores em relação ao cerebelo normal.
A descoberta indica que o gene ZEB1 pode ser um novo biomarcador e pode auxiliar na determinação da expectativa clínica de pacientes com meduloblastoma que tem tumores classificados como mais graves, o que pode vir a auxiliar no prognóstico e nas decisões sobre estratégias de tratamento.
A pesquisa contou com apoio do ICI, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos (FIPE) do HCPA.
Fonte: G1
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