Polícia Civil desarticula organização criminosa especializada na venda de drogas por telentrega
- Start Comunicação
- 24 de nov. de 2022
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Uma das maiores operações de telentrega de drogas da região metropolitana de Porto Alegre, segundo a Polícia Civil, foi desarticulada na manhã desta quinta-feira (24) em uma operação realizada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Integrantes de uma facção que tem base na zona leste da Capital vendiam drogas sintéticas, como ecstasy, MDMA e LSD, além de maconha contrabandeada do Uruguai.
Segundo a investigação, os criminosos lavaram mais de R$ 1 milhão em dinheiro obtido com o tráfico em apenas sete meses de 2022, por meio depósitos bancários em nome de laranjas, mas também da aquisição de empresas de fachada, motos aquáticas e carros de luxo, sendo alguns para revender. O grupo ainda comprou imóveis em construção, para revender depois de concluídos e lucrar mais.
Cerca de cem agentes, coordenados pelo titular da 2ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Wagner Dalcin, cumpriram 23 mandados de prisão, sendo três deles de suspeitos já no sistema prisional, e outros 23 de busca e apreensão. A chamada Operação The Office foi realizada em cinco cidades gaúchas: Porto Alegre, Viamão, Canoas, São Leopoldo e Cachoeira do Sul. Os três municípios catarinenses onde houve ação policial são Florianópolis, Palhoça e Passo de Torres. Até as 7h20, foram presos 16 suspeitos, incluindo uma gerente de uma agência bancária e um jogador de futebol, com atuação remunerada em competições amadoras do Estado.
As compras eram negociados por meio de redes sociais e WhatsApp e os pagamentos sempre feitos por Pix. Os traficantes vendiam todo o tipo de droga sintética, mas, conforme os anúncios feitos por eles na internet, ecstasy, LSD e MDMA eram os principais. A polícia encontrou até uma tabela de preços por unidade e por grama. A droga era encomendada basicamente de Santa Catarina.
Foram cumpridas 80 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia, três de prisão preventiva, 20 de prisão temporária, 27 bloqueio de contas e 10 constrições de bens móveis e imóveis pertencentes aos investigados ou ocultados em nome de terceiros.
Até o momento 16 pessoas foram presas, sendo dois preventivamente e 14 temporariamente. Restaram apreendidos, entre outros objetos, veículos de luxo, celulares, documentos, dinheiro e droga.
Fonte: GZH
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