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Polícia desarticula quadrilha suspeita de pedir Pix falso para vítimas das enchentes no RS


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Imagem: divulgação/ Polícia Civil.

A Polícia Civil cumpriu três mandados de prisão preventiva contra um grupo suspeito de aplicar golpe do Pix falso, que simulava doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Durante a ação, um homem e uma mulher foram presos na cidade de Santo André, em São Paulo, nesta quarta-feira (15).


Um terceiro membro do bando segue foragido e a polícia continua com as buscas. O quarto integrante é um menor de idade, que foi identificado, mas não foi apreendido pois a Justiça não concede mandado quando o caso não inclui crime com violência ou grave ameaça. Os suspeitos têm entre 17 e 45 anos e possuem antecedentes criminais por roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes.


De acordo com a Polícia Civil, o grupo criou perfis falsos nas redes sociais que imitavam publicações com a chave Pix oficial do governo do Estado usada para angariar doações destinadas às vítimas das cheias. A investigação apurou que os perfis foram criados logo após os eventos climáticos e, desde então, vinham coletando doações desviadas para contas bancárias dos criminosos.


Segundo a diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a delegada Vanessa Pitrez, os valores arrecadados eram enviados para três contas bancárias que foram abertas nos nomes dos adultos, mas quem operacionalizava o golpe era o menor de idade. O total que foi acumulado com o esquema ainda está em apuração junto aos banco, mas as contas já foram bloqueadas.


Conforme o chefe de Polícia, o delegado Fernando Sodré, já foram abertos 50 inquéritos instaurados para investigar esse tipo de denúncia. Metade das investigações foram encerradas e, com isso, perfis falsos foram derrubados.


A investida foi chamada de Operação Dilúvio Moral em razão dos eventos climáticos que atingiram o Estado nas últimas semanas e serviram como base para a aplicação dos golpes. O grupo foi preso pelo crime de estelionato virtual, que pode render penas que variam de quatro a oito anos de prisão.


"O nome vem dessa catástrofe, que também é moral para algumas pessoas. Infelizmente, para aqueles que usam perfis para auferir lucro em cima da tragédia alheia", explica Sodré.


Combate às fake news


A operação também tem como objetivo o combate à disseminação de informações falsas que possam prejudicar o auxílio às vítimas das enchentes.


"A Polícia Civil não vai tolerar golpes sobre isso. Não é um trabalho só de derrubar os perfis, mas também de encontrar essas pessoas na vida real e prendê-las. Não vamos tolerar. Vamos investigar a fundo", ressalta o chefe de polícia.


A delegada Vanessa Pitrez reforça ainda que as equipes de inteligência da polícia trabalham na análise das campanhas de arrecadação de fundos para ajudar os atingidos pelas cheias e na identificação daqueles que compartilham informações falsas pelas redes sociais.


"Temos canais de monitoramento analisando diariamente esses casos. Temos pessoas de todo o país criando campanhas e pedindo Pix para ajudar as vítimas e nem sempre são golpes. Da mesma forma, ocorre o monitoramento das fakes news. Nós fazemos uma filtragem para verificar o que é apenas uma crítica, pois nesse caso não há crime, e o que é mentira. As notícias falsas causam um alarme na população e temos que despender energia e efetivo para verificar essas ocorrências improcedentes, que poderiam estar sendo usados para ajudar quem realmente precisa, pois todas as denúncias são investigadas", sublinha a delegada.


O delegado Fernando Sodré explica que a disseminação de notícias falsas pode ser enquadrada no artigo 265 do Código Penal brasileiro, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão e multa para quem atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de utilidade pública.


Fonte: GZH

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