Revitalização da Rua Grande: quem é o pai? Quem é a mãe? No fim, o filho é do povo - Por Bado Jacoby

Foto: Romeu Finato

A novela da revitalização da Rua Independência, nossa eterna Rua Grande, está rendendo como era esperado uma polêmica de final de reality show. E, convenhamos, não era pra tanto. A obra ficou bonita, necessária, histórica… mas, virou ringue político porque começou com Ary Vanazzi e foi inaugurada por Heliomar Franco. Pronto: tá armado o barraco político e de disputas de torcidas.

A real? Todo mundo quer a foto segurando o bebê. Um diz “eu gerei”, o outro diz “eu pari”, e a rua ali no meio… recém-lavada, recém-pintada, só querendo ser usada sem virar palco de vaidade.

E olha que a treta nem surpreende tanto. A disputa das últimas eleições ainda está quente, os dois grupos seguem se encarando de lado, e qualquer tijolo colocado na cidade vira munição política. Mas, sinceramente, Essa discussão toda é puro ego inflado.

Porque a verdade incontestável, é aquela que não dá Ibope, mas muda a vida real, é que o verdadeiro dono dessa obra é o povo. A população é quem paga, quem sustenta, quem caminha, quem compra, quem vive a rua. É ela que ficou décadas vendo aquele trecho abandonado pelo poder público e também pela iniciativa privada. É ela que agora vai aproveitar um espaço bonito, digno e finalmente tratado como merece.

Projetar é dever. Começar é dever. Concluir é dever. Quem governa não faz favor, cumpre obrigação. E quando chega a conta, adivinha quem paga? O contribuinte, sempre ele, o famoso “protagonista silencioso”.

Então sim, a revitalização precisa ser comemorada. É grande, é simbólica e é um marco histórico como poucos em nossa cidade. Mas o palco não é dos prefeitos, é da cidade. O resto? Ah, isso é só a eterna disputa de quem quer aparecer mais na foto.

Bado Jacoby, é apresentador e repórter da Start Comunicação