Segundo médicos, Bolsonaro "está deprimido" e seu sistema nervoso central é preocupante
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Os médicos responsáveis pelo atendimento do ex-presidente relataram, em entrevista coletiva transmitida por diversos veículos da imprensa, quadros de depressão e ansiedade que causam preocupação quanto ao sistema nervoso central de Bolsonaro.
“Ele está deprimido pela situação que está passando. Um pouco ansioso. A ansiedade leva a um quadro recorrente de soluço, que atrapalha o sono dele. Ele fica muito incomodado com isso. Estamos mantendo a mesma mediação, com cuidado especial na alimentação. Mas tem fatores que fogem do nosso controle, que é o sistema nervoso central dele. É uma preocupação nossa, mas acreditamos que dará tudo certo”, afirmou o médico cardiologista Brasil Ramos Caiado.
A cirurgia, contudo, não deverá alterar esse quadro, segundo o cirurgião geral Cláudio Birolini, que será responsável pela intervenção. “A cirurgia das hérnias não vai atuar nas crises de soluço. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.”
“A cirurgia é chamada de herniorrafia inguinal bilateral convencional. É um procedimento em que é realizado um corte em cada lado da virilha, identificada essa hérnia, que é empurrada para dentro. Após, é feito um reforço, uma estrutura da área fraca e um reforço com uma tela”, relatou Birolini.
Em abril, Bolsonaro havia sido submetido a uma cirurgia de emergência na mesma região, que contou com maiores intercorrências do que o procedimento atual, que é eletivo.
“Na cirurgia de abril, tinha obstrução intestinal e hérnias que pressionavam o abdômen. Isso foi corrigido, foi colocada uma tela que ocupa toda a parede abdominal anterior dele. Isso causa, além de um aumento da pressão intra abdominal, uma diminuição da elasticidade da concrescência da parede abdominal, levando a aumento secundário da pressão intra abdominal. Com isso, surgiram as crises mais intensas de soluço”, resgata Birolini.
Os médicos irão avaliar, após a cirurgia, a possibilidade da aplicação de anestesia na tentativa de diminuir as crises de soluço. “Durante a internação, está previsto um procedimento anestésico do nervo que leva o diafragma. Depois da cirurgia, vamos avaliar se convém fazer o bloqueio anestésico. É relativamente seguro, mas não é o padrão para o tratamento do soluço”, declarou o cirurgião geral.
O tempo estimado para a recuperação da cirurgia é de cinco a sete dias. Após este período, Bolsonaro deverá retornar para a superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para continuar cumprindo pena de 27 anos e 3 meses de reclusão.
FONTE: Correio do Povo
































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