Solidariedade une professores e alunos para acolher desabrigados na Escola Polisinos
- Start Comunicação
- 13 de mai. de 2024
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Entre os mais de 70 abrigos abertos em São Leopoldo para receber os atingidos pela enchente do Rio dos Sinos, está a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Polisinos, localizada no bairro Rio Branco. No local, conforme a coordenação do espaço, mais de 200 pessoas têm recebido todo o amparo neste momento de calamidade pública.
A reportagem da Start Comunicação esteve no local e conversou com voluntários que vêm atuando no espaço, que conta com salas específicas com roupas feminina, masculina e infantil; sala de remédios. Já as salas onde as pessoas estão ficando são tratadas como quartos, onde os abrigados podem ter sua privacidade. Os pets também tem seu próprio espaço.
O professor da Rede Municipal de Ensino da cidade, Douglas, é um dos voluntários presentes na escola e faz parte da equipe responsável pela preparação das refeições. "Estamos ajudando na medida do possível, fazendo um alimento. Talvez é o momento em que a gente consegue esquecer alguma coisinha de tudo que estamos passando. Então o horário da alimentação, o acolhimento é para a gente estar trazendo esse carinho para eles", diz.
"A gente não se conhece. Tem o pessoal da escola, eu trabalho em outra escola da rede e cheguei aqui perguntando se tinha trabalho. Aproveitei que já tenho um conhecimento na cozinha, vim para cá. A gente se organizou e estamos conseguindo na medida do possível não desperdiçar, se vem algo a mais a gente tenta redirecionar para outro local para não ter desperdício e está dando certo", ressalta.
Atuando também na cozinha, a professora da própria escola, Carla Souza da Silva, explica como tem sido organizado os atendimentos no espaço. "Graças a Deus, a gente conseguiu organizar as coisas por aqui. Conseguimos fazer lista de entrada e de saída para saber o que realmente precisamos ter no local para abrigar e manter a assistência, como roupa de cama, alimentos, colchões, produtos de higiene. Tudo isso para dar o mínimo de dignidade nesse momento que é tão difícil, porque eles estão vindo atônitos, sem nada, muitos chegam descalços, às vezes molhados", diz Carla.
Além de professores da escola, alunos e ex-alunos do Polisinos também participam desse momento de solidariedade e doação do seu tempo para oferecer conforto e assistência aos desabrigados, como é o caso de Pedro. "A gente se uniu e muitas pessoas estão ajudando, que se voluntariaram em vir para cá. Fizemos um grupo no WhatsApp, que agora tem em torno de 200 voluntários, e viemos todos para ajudar", conta o adolescente. Conforme o aluno, foi organizada uma escala de turnos, além do plantão noturno.
Arthur Schneider e Guilbert Trendt, da Redação Start
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