Hoje, São Leopoldo comemora 150 anos desde a inauguração da primeira ferrovia gaúcha, que ligou o município a Porto Alegre.
História de uma importante obra de infraestrutura, que movimentou a economia da região, envolveu comunidade e poder público, para sua efetivação, desde o início das instalações físicas como os demais trabalhos que constituem a atividade ferroviária. Ações que ligaram as pessoas com este patrimônio de forma afetiva, econômica, cultural e historicamente.
“A nossa ferrovia é um patrimônio industrial muito representativo para nós leopoldenses assim como para o Estado do Rio Grande do Sul pela sua relevância histórica e cultural, vinculado à imigração em São Leopoldo. Para nós é um orgulho comemorarmos esta data, dentro do Bicentenário do município e dos 200 anos da imigração alemã, celebrados em 2024”, parabeniza o secretário de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Marcel Frison.
De acordo com a pesquisadora e diretora do Museu do Trem, Alice Bemvenuti, em 1866 iniciaram-se as discussões na Assembleia Provincial para buscar soluções de escoamento de mercadoria das colônias do Vale do Rio dos Sinos, a partir de Novo Hamburgo e São Leopoldo.
O contrato com o projeto de John Mac Ginity foi assinado em 1869, contemplando a extensão da linha entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. “O lançamento da pedra fundamental com a pá de prata foi realizado no dia 26 de novembro de 1871 em São Leopoldo”, conta.
A extensão da linha construída entre São Leopoldo e Porto Alegre é 33,756 km e foi inaugurada no dia 14 de abril de 1874. Já o trecho até NH foi inaugurado em 1º de janeiro de 1876.
A linha está desativada desde 1982. Em 1976, foi criado o Museu do Trem, sendo hoje responsabilidade da Prefeitura, que o mantém ativo para a preservação desta história. No local há acervo documental e objetos e peças como os vagões e locomotiva, entre outros, guardados no sítio histórico, que fica aberto para visitação. Além de contar com programações culturais voltadas à interação da comunidade.
Fonte: PMSL
