São Leopoldo: Patrulha Maria da Penha e Ronda Lilás intensificam fiscalização e atendimento em 2025

Município registra aumento de visitas e mantém atuação integrada da Brigada Militar, Guarda Civil e rede de proteção

São Leopoldo tem reforçado ações de proteção a mulheres em situação de violência doméstica em 2025, com avanços estruturais e números relevantes nas operações de fiscalização e atendimento às Medidas Protetivas de Urgência (MPUs).

Segundo dados do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), responsável por São Leopoldo, Portão e Capela de Santana, a Patrulha Maria da Penha no batalhão já realizou, desde sua implantação local, cerca de 29.320 visitas de fiscalização e cadastrou mais de 10.370 mulheres no programa, informação divulgada pela própria Brigada Militar durante inauguração da sala da Patrulha no 25º BPM.

No primeiro semestre de 2025, o 25º BPM registrou aproximadamente 2,7 mil visitas de fiscalização de MPUs, uma média que indica atuação cotidiana e próxima das vítimas na cidade. Paralelamente, a Guarda Civil Municipal de São Leopoldo reportou 3.204 visitas relacionadas a medidas protetivas no mesmo período, dentro da atuação da Ronda Lilás municipal, criada por lei local em 2024. Essas ações reforçam a atuação integrada entre polícia militar, guarda municipal, Poder Judiciário e equipamentos de assistência social.

Dados judiciais e levantamentos regionais mostram que São Leopoldo tem elevada demanda por medidas protetivas: em 2023 a comarca chegou a registrar médias mensais superiores a 3700 medidas protetivas por ano (média mensal apontada em registros locais), o que revela a dimensão do problema e a necessidade de políticas públicas permanentes. Além disso, levantamentos estaduais indicaram que São Leopoldo foi um dos municípios com maior número de feminicídios em 2024, o que reforça a importância das ações preventivas.

Estrutura, capacitação e acolhimento

A Patrulha Maria da Penha do 25º BPM opera com equipes dedicadas que realizam visitas domiciliares após o deferimento judicial das MPUs, prestando acompanhamento preventivo, orientador e repressivo quando necessário. A inauguração, em março de 2025, de uma sala específica para a Patrulha na sede do batalhão foi apontada pelas autoridades locais como avanço para o acolhimento e a qualificação do atendimento.

A Ronda Lilás da Guarda Civil, instituída por lei municipal (Lei 10.044/2024), complementa a atuação da Brigada com visitas e ações de proximidade, programas educativos e ações de

articulação com o Centro Jacobina e demais serviços sociais municipais.

Avanços e limites observados

Apesar dos progressos com salas dedicadas, maior número de visitas e integração de agentes, especialistas e relatórios apontam que a eficiência das ações depende também de fatores complementares: oferta de atendimento psicossocial, assistência à autonomia econômica das vítimas, agilidade e clareza nas respostas judiciais, além de cobertura territorial ampliada. O registro elevado de MPUs e a incidência de feminicídios em 2024 sinalizam a urgência de manutenção e ampliação da rede de proteção.

Fontes e observações metodológicas

Os números municipais citados acima foram obtidos em comunicados e reportagens do 25º BPM e da Prefeitura de São Leopoldo, bem como em reportagens locais sobre a Ronda Lilás e levantamento do Mapa dos Feminicídios do RS. Há variação na granularidade das informações disponíveis publicamente: alguns dados são históricos de criação e totais acumulados pelo 25º BPM, outros são semestrais ou médias mensais divulgadas por órgãos locais. Para obter séries temporais completas (por mês/trimestre entre 2012 e 2025), é possível solicitar relatórios oficiais ao 25º BPM, à Guarda Civil ou ao Judiciário local.

Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br