São Leopoldo: Presidente da Fundação Centenário fala sobre situação de atendimento da emergência e urgência do hospital

Start Comunicação
há 6 horas
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Foto: Neemias Freitas/Hospital Centenário

SÃO LEOPOLDO: diante da grave situação das emergências em vários hospitais da região Metropolitana, a reportagem da Start Comunicação contatou com o Presidente da Fundação Centenário, Ricardo Silveira, que detalhou e explicou a situação da Casa de Saúde leopoldense .

Abaixo, a palavra de Ricardo Silveira sobre a situação nesta sexta-feira (23)

Qual a situação do atendimento da emergência e urgência no hospital Centenário?

Há uma procura maior por serviços de emergência. Isso é uma realidade. O que chama atenção e nos deixa em alerta é o fato de o inverno estar próximo e o serviço estar no limite de sua capacidade instalada. Não chegamos no inverno e já observamos lotações em vários serviços em cidades.

Por que dessa maior procura?

Há uma série de fatores, inclusive determinantes sociais. Porém, um fato é a dificuldade de acesso a unidades de saúde e serviços especializados. O perfil da pessoa quando chega a emergência se alterou; a doença avançou enquanto aguarda consulta especializada, ao chegar a emergência muitos precisam de internação ou cirurgia.

Como ficam os atendimentos?

Quando nosso emergência esta lotada existe uma questão importante; aqui não há restrição de acesso. E trabalhamos com segurança na entrada das urgências. Confiamos muito em nossa equipe que é formada por gente qualificada e competente.

E o tempo de espera para ser atendido?

Olha, as situações que exigem intervenção imediata, portanto, as urgências não há tempo de espera. Estou falando de traumas, acidentes, AVC... Outros casos de menor complexidade a equipe avalia permanentemente. Pode demorar? Pode. Porém, a equipe mantém avaliação permanente de cada situação com segurança.

Essa situação poderia ser amenizada ou resolvida de que forma?

Precisamos valorizar atenção primária à saúde; precisamos resgatar o protagonismo do agente comunitário de saúde e a estratégia saúde da família, não há outro caminho. Muitas internações poderiam ser evitadas com atuação nesse nível de cuidado. Profissionais de saúde e pesquisadores do tema afirmam que até 80% das demandas de saúde poderiam ser resolvidas nos postos e serviços especializados.

Precisamos falar mais sobre prevenção, que é fundametal para evitar o agravamento de doenças e reduzir a procura por serviço de emergência.

Fortalecer a atenção primária é o alicerce, acredito ser o maior compromisso com a saúde da população. Valorizar o vínculo e a prevenção é pensar no futuro mais saudável.

O senhor preside o hospital, porém, sempre destaca a atuação dos postos e atendimentos especializados. Por que?

Por obvio! O fortalecimento dos postos de saúde, da saúde da família, dos serviços especializados, impacta diretamente nos atendimentos do hospital. Cada serviço, tem seu protagonismo na saúde. O hospital tem seu papel. Tenho dito que a porta do hospital é o termômetro do sistema de saúde.

Qual a situação nestes quase cinco meses de sua gestão a frente do hospital?

Eu não vou revisitar o tema de como encontramos o hospital. Porém, afirmo que os desafios são diários, lembro que a pandemia demostrou como é importante para cidades o hospital, o SUS, os profissionais de saúde, eu acredito no SUS e em tudo isso. Tem muita coisa boa acontecendo aqui, profissionais competentes, salvam e fazem a manutenção da vida humana. Temos problemas? Temos, mas estamos buscando soluções, e de forma coletiva.

O Hospital Centenário, é um hospital geral, tem grande porte, tem pactuações importantes, referência para mais de trinta municipios e oferta muitas especialidades. Nos últimos dias nossa emergência atendeu pessoas que não conseguiram acesso a atendimento em seus municipios. Isso é SUS, veja a importância do hospital Centenário para nossa região de saúde e o próprio estado.

Nossa gestão, sempre com o apoio do prefeito Heliomar, da vice Regina realizará entregas importantes. É importante registrar um agradecimento a todos os profissionais que trabalham no hospital, mulheres e homens que dedicam a vida ao cuidado, do pessoal das recepções, higienizadores, segurança, manutenção, as equipes assistenciais, o jurídico, as áreas administrativas; enfim, há muita gente exercendo acolhimento e cuidado de muitas formas. Oportuno lembrar que estamos em maio, mês dedicado a enfermagem, uma categoria valorosa que tem em seus quadros amplamente exercidos por mulheres.

Situação das emergências do HC, na tarde desta sexta-feira (23)

🚨 Ocupação da Emergência Adulto (120%) ⬆️

Leitos: 40

Ocupados: 48

🚨 Ocupação da Emergência Pediátrica (42%) ↔️

Leitos: 19

Ocupados: 8

🚨 Ocupação Leitos Clínicos (95%) ↔️

Leitos: 120

Ocupados: 114

🚨 Ocupação Leitos Pediátricos (100%) ⬆️

Leitos: 17