Quem viveu a experiência de participar de um Censo do IBGE guarda com orgulho as lembranças de ter feito parte da pesquisa, além de boas amizades. Vanessa Crespam, 38 anos, e Mônica Pelisson, 35, foram recenseadoras em São Leopoldo na pesquisa de 2010. Desde então, uma amizade que dura até hoje se formou.
As amigas destacam a importância da operação censitária. “Participar do Censo é uma maneira de contribuir para o crescimento nacional, bem como uma oportunidade para quem necessita se inserir no mercado de trabalho”, destaca Mônica, hoje fisioterapeuta. Já a fotógrafa Vanessa, lembra que as informações que ajudaram a coletar tiveram uma aplicação efetiva. “Muitos projetos, programas e verbas do governo utilizam o Censo como base e é, claro, uma oportunidade para quem está desempregado”, frisa.
Ambas procuravam concursos na época de inscrições para o Censo 2010 e viram no Processo Seletivo Simplificado uma boa oportunidade de renda. No entanto, não foi apenas financeiro o retorno para as amigas. “Através do Censo eu pude conhecer um pouco mais da realidade dos moradores do meu bairro. Muitas vezes desconhecemos por estarmos sempre na correria do dia a dia”, afirma Vanessa.
A ex-recenseadora Mônica vai na mesma linha sobre a experiência. “Foi enriquecedor conhecer um recorte do bairro no qual fiz o Censo. Os mais diversos tipos de pessoas, com as mais diversas necessidades, que muitas vezes nos passam desapercebidas”, lembra.
Recebidas com carinho
Café, chimarrão e conversa também estiveram na rotina de Vanessa e Mônica durante a pesquisa realizada há mais de uma década. A fotógrafa, que realizou a coleta de informações no Centro, relembra que muitas pessoas sentiam-se sós e ao receber o recenseador era o momento que tinham para conversar.
“Às vezes elas até combinavam um horário com os vizinhos para que eu pudesse retornar e visitar aqueles que não estavam no momento em que eu havia ido. Aguardavam com café, chimarrão etc.”, conta. A fisioterapeuta, que trabalhou no recenseamento do bairro Rio Branco, tem na memória a forma carinhosa com que era recebida em algumas residências. “Ofereciam café e bolo, como se eu fosse conhecida de longa data”, lembra.
Efeitos da pandemia
Mônica também frisa que o resultado de um Censo dá a ideia de quanto o país evolui ou regride em diversos aspectos como saúde, educação, composição populacional e rendimentos. “Estes são balizadores para políticas públicas que implicam em melhorias para todos”, alerta. Ela complementa frisando uma particularidade do Censo 2022. “Já temos um atraso devido a pandemia, mas ali também veremos os efeitos devastadores que ela nos trouxe”.
Faça parte você também
Assim como Vanessa Crespam e Mônica Pelisson fizeram em 2010, quem busca uma oportunidade de trabalho ou renda extra tem a possibilidade de concorrer a uma das mais de 250 vagas disponíveis neste ano para São Leopoldo. As inscrições para os cargos de recenseador e agente censitário (municipal e supervisor) estão abertas até o dia 21 de janeiro.
Os rendimentos mensais, para o caso do recenseador, variam conforme a produtividade, podendo até passar dos R$ 3 mil mensais, conforme a quantidade de entrevistas realizadas. Já para agente censitário, o valor varia entre R$ 1,7 mil e R$ 2,1 mil por mês. As provas serão realizadas no dia 10 de abril, em turnos diferentes, o que permite aos candidatos a inscrição para as duas vagas, com resultados divulgados no dia 20 de maio.
As inscrições podem ser feitas no site da banca realizadora da seleção, no site conhecimento.fgv.br/concursos. Para concorrer às vagas é preciso ter 18 anos completos. O nível de escolaridade é fundamental completo para recenseador e ensino médio completo para as vagas de agente censitário. O investimento é de R$ 57,50 para concorrer a uma das vagas de recenseador e R$ 60,50 para vagas de agente censitário. Mais informações estão disponíveis também em censo2022.ibge.gov.br.
Fonte: IBGE de São leopoldo
