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VAI CONSTRUIR? SAIBA O QUE PODE CAUSAR ECONOMIA OU PREJUÍZO - por GERSON KAUER

ECONOMIA OU PREJUÍZO


O conjunto de Projetos técnicos (Arquitetônico, Hidrossanitário, Elétrico, Estrutural, Instalações especiais, memoriais e especificações) é o planejamento prévio e minucioso da obra que está por ser iniciada. Estes, se elaborados por profissionais diferentes, deverão estar compatibilizados para que não haja interferências ou sobreposições de instalações entre os mesmos.


Nesta fase o profissional exercita seu conhecimento e experiência adquirida, aplicando nos estudos as soluções a serem adotadas, podendo alterar ou experimentar outras sem que isto represente qualquer custo ao cliente. Já na fase de construção qualquer correção de rumo custará caro.


Estes projetos, além de atenderem o Programa de Necessidades (e orçamento) da família, deverão também atender as Normas Técnicas e as condicionantes previstas no Código de Obras e Plano Diretor do município onde será executada a obra.


Além de projetos bem elaborados, que atendam as demandas da família, será de extrema importância o Acompanhamento Técnico da obra, executado por um profissional habilitado, capacitado e experiente.


Quem economizar na etapa de projetos vai gastar muito mais, durante toda a obra, sem saber que poderia ter economizado, e muito!


Esse extra pode vir na forma do custo construtivo de áreas não aproveitáveis (corredores longos demais, cantos perdidos, ambientes com área exagerada para sua função, etc...), percursos maiores de canalizações e fios, tomadas em locais que nunca serão aproveitadas, alterações necessárias percebidas durante a obra, ou ainda, custos para corrigir, desmanchar e refazer...


Atualmente, também se consegue preparar as obras no sentido de prever instalações futuras. Com pouco custo de tubulações, caixinhas e mangueiras, evitaremos custos futuros de quebra-quebra e adaptações para que a casa, já em uso, possa receber instalações de aquecimento solar, energia foto-voltáica, splits, automações, entre outras. Estas instalações, sendo executadas já com os moradores usufruindo a moradia, demandarão no mínimo, muita sujeira, aliado aí, custos de quebrar, refazer, dar acabamento.


Também representam um grande custo na obra: o desperdício, o excesso (pela ausência de um cálculo), a opção por materiais caros especificados ao invés de opções com melhor custo-benefício, prazos estourados que aumentam o custo fixo mensal da obra (vigilância, água, energia, manutenção do canteiro de obras e inclusive o próprio custo mensal do Arquiteto ou Engenheiro executor da obra), etc...


Além deste custo extra, o maior prejuízo ainda será na qualidade final da construção. Umidade nas paredes por erros na solução/prevenção especificada, erros de nível/esquadro/prumo que exigirão correções com rebocos mais grossos e/ou acabamento especiais, vazamentos, mau funcionamento das instalações, e outros, poderão ser inconvenientes permanentes e de manutenção difícil, corriqueira, e cara. Uma simples condensação ou vazamento de um cano sobre um forro de gesso exigirá, para que seja consertado, a vinda de 3 técnicos diferentes: encanador, gesseiro e pintor.


Um simples Cronograma Físico de obra ajusta para que os serviços sejam feitos dentro de uma sequencia, em que, o próximo trabalho não estrague o anterior, já finalizado, exigindo assim um retrabalho com custo e acabamento agora duvidoso. Hoje uma lata de tinta beira os R$ 800,00 em algumas cores. Então, um simples repintar de um ambiente pronto que teve as paredes sujas pelo aplicador de rejuntes ou colocador de esquadrias e/ou rodapés já pode representar um custo significativo. Acrescente ao custo da tinta, a mão-de-obra do pintor para a repintura.


Até agora falamos de problemas que não evolviam grandes riscos. Mas importante salientar que o projeto estrutural é de extrema importância já que um simples aumento no quantitativo do aço, “para garantir”, pode incorrer em um custo de aço maior do que o próprio custo do projeto. Cita-se aí ainda, pela falta deste projeto/profissional, o risco de quedas de lajes, marquises e platibandas que seguidamente viram notícias em função dos óbitos e/ou feridos. O prejuízo mínimo na economia deste item, ou de um Executor de obra, será a convivência com possíveis fissuras e/ou trincas, que exigirão manutenção permanente.


Exija a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) quando Engenheiros, ou o RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) quando Arquitetos, de todos os serviços envolvidos na obra. É a sua garantia da obra.


Por fim, converse com os profissionais pesquisados, entreviste-os, conheça obras feitas por eles e se possível busque a opinião dos usuários das mesmas. Você vai investir muito do seu dinheiro, trabalho e tempo. Não faça deste sonho e conquista uma experiência desagradável!


Arquiteto Urbanista Gerson Luiz Kauer, é Arquiteto Urbanista - CAU A19302-0

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