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Vale dos Sinos será uma das regiões mais afetadas com o tarifaço de Donald Trump

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O tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos ao Brasil só entra em vigor na próxima semana, mas a decisão de erguer barreiras aos produtos nacionais já provoca transtornos a empresas do Rio Grande do Sul.


A perspectiva de aumento nos preços, confirmada na quarta-feira (30), provoca suspensão e cancelamento de contratos, concessões de férias coletivas, redução de turnos de trabalho e de produção em diversos setores da economia, conforme representantes de entidades consultadas.


Como as exceções previstas na ordem assinada pelo presidente americano Donald Trump não contemplaram grande parte das exportações gaúchas, o cenário é de preocupação entre os empresários — que veem risco a pelo menos 20 mil empregos diretos e estimam um possível recuo de R$ 1,5 bilhão no PIB estadual.


Conforme a Fiergs, apenas 15% da produção gaúcha foi incluída na lista de exceções e ficou livre da nova taxa, contra uma média nacional de 45%. Ou seja, os gaúchos deverão ser mais impactados em comparação ao resto do país.


Presidente do Sindimadeira RS, entidade que representa o setor madeireiro no Estado, Leonardo De Zorzi afirma que uma parte significativa desse mercado não está contemplada nas exceções divulgadas pela Casa Branca, como o material utilizado para a montagem de cercas.


Como resultado, o presidente do Sindimadeira RS revela que há relatos de "diminuições de turnos e casos de férias para parte das equipes" entre empresas que dependem em maior grau do mercado americano.


Suspensão de contratos entre calçadistas


Presidente da Associação das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, afirma que a iminência da sobretaxa aos sapatos brasileiros provocou uma onda de suspensões nos contratos em vigor com importadores americanos.


O empresário afirma que, se não houver sucesso em negociações para reduzir a alíquota atual de 50% para algo entre 10% e 15%, os impactos serão significativos. Dos 5,8 milhões de pares que foram exportados para os EUA no primeiro semestre deste ano, 62% foram produzidos em solo gaúcho.


Férias e produção menor nas áreas de armas e carnes


Dois dos setores mais afetados pela nova taxa americana são o de carnes e o de armas e munições. Em relação aos armamentos, a empresa Taurus, com sede em São Leopoldo, já vem adotando medidas destinadas a reduzir o impacto da ofensiva americana. Teve início um processo de férias coletivas, abrangendo até agora 40 dos 2,7 mil funcionários.


A empresa também já vinha transferindo estoques de produtos acabados para uma fábrica no Estado da Geórgia, em solo americano. Isso permitiria o abastecimento do mercado daquele país por cerca de 90 dias. A Taurus exporta 82,5% de sua produção para os EUA.


As carnes também ficaram fora das exceções da tarifa. O empresário Ivon Silva, do Frigorífico Silva, afirma que os contratos firmados anteriormente com importadores americanos já foram cumpridos e, desde então, não houve novos pedidos de envio feitos a sua empresa.


FONTE: GZH

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