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A indústria das trocas partidárias e seus "representantes" em São Leopoldo - Por Bado Jacoby

A mudança de partido, tão comum entre políticos brasileiros, é um dos fatores que mais alimentam o descrédito da classe política perante a população. Em vez de compromisso com programas partidários ou com ideais sólidos, o que se observa é uma movimentação constante entre siglas, quase sempre motivada por interesses eleitorais imediatos.


Boa parte dessas trocas tem como pano de fundo o acesso às vultosas verbas partidárias e fundos eleitorais, que a cada eleição parecem mais distantes da realidade econômica do país. Partidos tornam-se reféns de dirigentes que manipulam legendas como propriedades privadas, usufruindo de recursos bilionários que deveriam fortalecer a democracia, mas acabam servindo para beneficiar poucos ou até a si próprios.


Diante desse quadro, é urgente discutir mecanismos que inibam essa verdadeira orgia política. A lei eleitoral poderia impor restrições mais firmes, como prazos de carência para que políticos que mudam de legenda possam acessar recursos partidários e eleitorais. Medidas como essa diminuiriam, sem dúvida, a chamada “indústria da troca de partidos”, fortalecendo a coerência e a credibilidade da representação política no Brasil.


Em São Leopoldo, a realidade não foge à regra


No âmbito local, a situação não é diferente. Em São Leopoldo, se fosse feito um levantamento minucioso, veríamos que boa parte dos políticos já trocaram de sigla ou planejam fazê-lo nos próximos meses. Essa movimentação não passa despercebida aos olhos do eleitor, que se vê confuso diante da falta de coerência ideológica e da prevalência de interesses momentâneos.


Para muitos representantes, o que menos importa é a fidelidade a ideais ou o espírito público. O que realmente pesa é encontrar uma legenda de plantão, que ofereça vantagens para disputar as próximas eleições. Se, além disso, a sigla tiver acesso a uma boa fatia do fundo eleitoral, a escolha se torna ainda mais “atraente”.


Esse cenário mina a confiança da população e reforça a percepção de que a política virou um jogo de conveniências. Em uma cidade que enfrenta grandes desafios sociais e estruturais, os leopoldenses esperam de seus líderes mais firmeza, planejamento e compromisso e não a dança das cadeiras partidárias que compromete a credibilidade da vida pública local.


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Bado Jacoby, é repórter apresentador e titular da editoria política da Start Comunicação

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