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Amazônia: 83% das espécies precisam ser salvas para manter equilíbrio


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Considerada a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia desempenha um papel essencial na regulação do clima global e na absorção de dióxido de carbono. No entanto, apesar da importância para o mundo, ela pode estar em perigo.


De acordo com um estudo realizado por pesquisadores brasileiros do Instituto Tecnológico Vale (ITV), para que o ecossistema da Amazônia continue funcionando, é necessário manter 83% da fauna e flora nativas. A pesquisa, publicada em maio no periódico Science Direct, tomou como recorte a Floresta Nacional de Carajás, no Pará – que possui mais de 400 mil hectares de bioma amazônico, sendo uma parte significativa do local.


Os pesquisadores descobriram que, para a floresta continuar cumprindo suas funções ecológicas, 60% das espécies importantes para a diversidade funcional não podem ser substituídas por outras ou até mesmo por tecnologia. A perda da biodiversidade poderia comprometer atividades como polinização, dispersão de sementes e ciclagem de nutrientes.


“Quando você transforma a natureza em dinheiro, tem-se uma sustentabilidade fraca, pois se ignora que alguns elementos são insubstituíveis”, afirma a autora principal do artigo, Tereza Cristina Giannini, pesquisadora do ITV, em comunicado.

Com base na análise de 14 pontos de amostragem dentro de Carajás, o estudo aponta que 11% das aves e 9% das plantas da região estão ameaçadas de extinção.


Natureza retribui os cuidados


A pesquisa, que faz parte do projeto Capital Natural das Florestas de Carajás, revelou que a conservação florestal está diretamente ligada à qualidade de vida das populações locais. Um exemplo disso é que 42% das plantas do bioma amazônico são utilizadas por comunidades tradicionais.


Processos naturais também são importantes para a agricultura. Nas proximidades da área protegida, que inclui municípios como Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Água Azul do Norte e Curionópolis, 13 das 20 culturas agrícolas dependem da polinização das abelhas.


Para se ter uma ideia, a produção de cacau, maracujá e melancia depende 95% da polinização. Já a de açaí e tomate também são altamente dependentes, chegando a 65%. A presença florestal ainda aumenta a evapotranspiração em 21%, contribuindo para o ciclo da água, e reduz a temperatura local em 0,4ºC, ajudando a regular o clima regional.

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FONTE: PORTAL METROPOLES

FOTO: Igo Estrela/Metrópoles







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