Ameaças de morte a deputados do RS mobilizam investigação policial
- Andressa Brunner Michels - Jornalista - MTB 19281/RS

- há 4 horas
- 2 min de leitura

Um e-mail contendo ameaças de morte direcionadas às deputadas e deputados estaduais Luciana Genro (PSOL) e Adão Pretto (PT) — além de todos os integrantes da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa — provocou apreensão entre parlamentares e servidores nesta quarta-feira (5). A mensagem, enviada na noite anterior, trazia conteúdo de extrema violência e teor misógino e racista.
Os parlamentares registraram ocorrência na Delegacia de Polícia Civil e aguardam o andamento das investigações. Segundo relatos divulgados por membros da comissão, o autor do e-mail descreve de forma cruenta a execução da deputada Luciana Genro, afirmando que ela deveria ser “silenciada com um tiro” e “executada em público”.
Em nota, Luciana Genro afirmou que não se surpreende com a direção do ódio contida nas ameaças: “Não me surpreende que a mesma pessoa que nos ameaça direcione seu ódio à negritude, aos nordestinos e à população LGBTQIA+. Essa é a postura esperada da extrema-direita: atacar a diversidade e os defensores dos direitos do povo mais pobre. Não admitiremos a impunidade de um marginal que se esconde atrás de um computador”, declarou a deputada.
Adão Pretto, presidente da CCDH e também alvo de ofensas, recebeu ataques com teor racista e foi chamado de “traidor da própria raça”, além de ser ameaçado de um “fim lento e cruel”. Em seu posicionamento, o parlamentar repudiou o uso da internet para propagar violência: “A internet não é uma terra sem lei. Não aceitaremos que nenhum parlamentar, ou qualquer pessoa, seja alvo desse tipo de violência. Esse é o discurso do ódio, o discurso da extrema-direita”.
A mensagem causou preocupação entre servidores da Assembleia e motivou providências formais. A Polícia Civil passa a investigar a autoria do e-mail e as circunstâncias do envio; medidas de segurança internas foram adotadas pela Casa, segundo testemunhas. Não há, até o momento, informação pública sobre prisões ou identificação do remetente.
Ameaças contra agentes públicos e discursos que incitem violência são tipificados na legislação penal, e autoridades costumam tratar esse tipo de ocorrência com prioridade por envolver risco à integridade física de pessoas públicas e pela potencial repercussão em segurança institucional.
Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels com colaboração da Assessora de Imprensa Victória Farias.


































Comentários