Boletim Socioeconômico da ACIST indica aumento de quase 140% no número de internações por saúde mental em São Leopoldo
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- 31 de mai.
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As internações relacionadas à saúde mental registradas em São Leopoldo no ano passado registraram um aumento de 139,5% em relação a 2023. Os dados constam na 28ª edição do Boletim Socioeconômico Trimestral da ACIST-SL, divulgados na manhã desta sexta, 30. A publicação da entidade reúne os dados compilados pelo Núcleo de Excelência, Competitividade e Economia Internacional da Unisinos.
O relatório foi apresentado pelo professor Marcos Tadeu Lélis, coordenador do Grupo de Pesquisa Competitividade e Economia Internacional da Unisinos, e reúne informações relacionadas a diversas áreas da saúde, incluindo atendimento básico, taxa de mortalidade infantil, saúde materno-infantil, coberturas vacinais, recursos aplicados, saúde mental, dentre outros indicadores. No que se refere à saúde mental, em específico, em 2024, o número de casos chegou a 455 — 265 a mais do que no ano anterior, quando foram registradas 190 ocorrências.
E a tendência para 2025 é que esse índice permaneça alto. O gráfico apresentado por Lélis indica variação positiva de 32,6%, no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 92 casos referentes ao CID-10 (saúde mental). Os primeiros três meses deste ano já somam 122 internações. Além das questões relacionadas ao crescimento de internações e afastamento do trabalho causado por questões de saúde mental, o Boletim Socioeconômico apontou alguns desafios relacionados à área da saúde.
Um deles está relacionado à necessidade de reduzir o índice de mortalidade infantil a cada mil crianças nascidas vivas para a taxa da última meta estadual de 9,75 (São Leopoldo hoje tem 13,84). Também é preciso expandir a cobertura potencial de Atenção Primária à Saúde (APS), retomar a cobertura vacinal atingida em 2021 de Poliomielite, Meningocócica e Tríplice Viral, prevenir a mortalidade por neoplasia, dentre outras questões.
Painel para discutir os indicadores de saúde
Após a explanação dos números, foi realizado um painel para discussão dos indicadores, que contou com a participação da secretária municipal da Saúde, Kelbe Gonçalves Rodrigues, e da professora da Escola de Saúde da Unisinos e consultora organizacional, Ieda Rhoden. A mediação foi pela diretora de Saúde da ACIST-SL, Leila Klin. As painelistas destacaram a relevância dos dados apresentados no Boletim Socioeconômico, as quais devem servir de alerta.
Observaram que os números demonstram cada vez mais a necessidade de abordar temas como saúde mental e prevenção a acidentes de trabalho — sobre este último o Brasil ocupa a incômoda quarta posição no ranking mundial. Uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho a cada três horas no Brasil, segundo dados do Observatório de Segurança do Trabalho. Além dos casos relacionados a problemas físicos, houve um agravamento no índice de situações que envolvem justamente a saúde mental.
FONTE: ACIST-SL

































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