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CineSul leva cinema gaúcho às praças de São Leopoldo

Foto: Mariana Santos
Foto: Mariana Santos

O Programa Start News recebeu, nesta terça-feira (29) as produtoras culturais Anitta Coronel, Ally e Amanda Flóis para falar sobre o Festival Estadual do Cinema Independente, o CineSul.


O projeto terá sua primeira edição no mês de maio com exibições gratuitas em praças de diferentes bairros da cidade. A proposta do festival é descentralizar o acesso ao audiovisual, valorizando a produção gaúcha e criando espaços de encontro com a arte. “Quando se tem um lugar fixo, como Gramado, vai quem pode, quem tem condições. Nós decidimos levar o cinema para as pessoas, ocupando espaços públicos em quatro regiões da cidade”, explicou Anitta Coronel, idealizadora do festival.


As exibições, que começam no dia 4 de maio, percorrerão os bairros Feitoria, Scharlau , Cristo Rei e Vicentina. A programação ainda inclui shows de artistas locais, como Jô Melia, Pedra Flor, Vivian Vaz e o grupo Mesclã, além de food trucks e feira de economia criativa. “É um festival completão, como a gente gosta de dizer. Pensamos em tudo: desde a estrutura técnica até o conforto de quem vai sentar para assistir. Queremos que as pessoas fiquem, curtam, voltem”, comentou Amanda Flóis.


Ao todo, 21 filmes foram selecionados entre mais de 50 inscritos, divididos nas categorias curta-metragem, média-metragem, documentário e animação. O júri é composto por nomes de peso como o ator Roberto Birindelli, o historiador Boca Migotto e o diretor Werner Schulmann. “Todos vestiram a camiseta. Foi emocionante ver a resposta positiva da classe artística quando anunciamos a seleção”, disse Ally.


A premiação está marcada para o dia 8 de junho, no Teatro Municipal de São Leopoldo, com troféus em 32 categorias e prêmios em dinheiro para quatro delas. “A gente brinca que vai ser nossa noite de gala, com tapete vermelho e tudo mais. É um reconhecimento necessário para a nossa produção local”, afirmou Anitta.


O CineSul também se apresenta como um gesto político e afetivo. Levar o cinema para a rua é, segundo Amanda, uma forma de criar hábito cultural em uma sociedade onde tudo é consumo rápido. “Hoje ninguém quer ouvir uma música de três minutos. Com os filmes não é diferente. Mas quando a pessoa senta, assiste, se vê representada na tela, tudo muda”, observou.


Para as organizadoras, mais do que promover sessões de cinema, o CineSul quer provocar encontros, memórias e pertencimento. “A gente não está só exibindo filmes, estamos dizendo para as pessoas que elas importam, que a cultura delas importa, que o lugar onde elas vivem também pode ser cenário de arte e de celebração”, resumiu Amanda


As produtoras culturais, vindas de trajetórias ligadas à música e ao teatro, abraçaram o audiovisual. “É loucura, mas é da boa”, brincou Ally. “Tem dia que a gente nem sabe onde está, mas ver a repercussão, o carinho das pessoas, a mobilização, faz tudo valer a pena.”


Estagiária de jornalismo - Karem Rodrigues - supervisão Mariana Santos - jornalista MTB 1977/RS



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