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Comemorando o Ano 10, Bloco Não Cutuca Que Eu Me Empolgo realiza desfile de Carnaval neste sábado em São Leopoldo

Imagem: divulgação/ Bloco Não Cutuca Que Eu Me Empolgo.

A programação de Carnaval do Bloco Não Cutuca Que Eu Me Empolgo encerra neste sábado (9), com seu desfile oficial. Com o tema de Carnaval 2024 “São Leopoldo é BI e o Não Cutuca é 10”, o bloco celebra seu Ano 10 e o Bicentenário da Imigração alemã em São Leopoldo.


Conforme a organização do bloco, a concentração para o desfile começa a partir das 15h em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental Visconde de São Leopoldo, na esquina das rua Independência e Conceição, no centro da cidade. O local é simbólico, já que foi em frente à escola Visconde que aconteceram as ações do movimento Cultura nas Ruas e surgiu a ideia de construção de um bloco de Carnaval.


O desfile do bloco será animado pela Banda Não Cutuca, da bateria Back Violento, dirigida por Sandro Maurício Soares, e a voz de Marcinha Regina Santos, cantora oficial do Não Cutuca. Também haverá muita música com DJs do bloco e a DJ Joelma Terto.


As cutuqueiras e cutuqueiros irão percorrer as ruas centrais, finalizando o desfile em frente ao Afronte Cultural (rua São Caetano, 173).


O Não Cutuca já é tradição do Carnaval de São Leopoldo, reunindo foliãs e foliões de toda a Região Metropolitana em um movimento pela cultura e fomento da economia criativa do município. “Para além de festa e curtição, conseguimos ser um instrumento de debate na cidade e região, seja na ocupação dos espaços públicos ou na defesa de pautas importantes. Está no DNA do Não Cutuca cutucar a sociedade e trazer, no seu azul e rosa, a defesa do amor sem preconceitos”, afirma Daniel Fagundes dos Santos, presidente do bloco.


Para apoiar a saída do bloco em 2024, está acontecendo a venda das camisetas do Ano 10 e do boné Não Cutuca, através das redes sociais do bloco (@bloconaocutuca) e nos bares parceiros Afronte, Majestic e Frida.

Ano 10


Temáticas sociais são abordadas nos desfiles


Ao longo dos anos, o Não Cutuca sempre apresentou, em seus desfiles, temáticas sociais que promoveram reflexão para a sociedade, quebrando preconceitos e lutando pelo empoderamento, pela diversidade e pelo amor, até chegar no Ano 10 com um enredo comemorativo, também celebrando o Bicentenário da Imigração Alemã em São Leopoldo.


A temática do Carnaval 2024 foi lançada no final de 2023 e a programação oficial do Ano 10 começou em janeiro com a festa “Não Cutuca no Museu”, no Museu do Trem, e em fevereiro aconteceu o “Ensaio Geral”, na Praça da Biblioteca.


Para celebrar o Ano 10, o bloco também fez o lançamento do seu samba, que tem composição de Diego Bodão e Dodô Ananias. Na letra, a música exalta a alegria em curtir o bloco e o compromisso do mesmo com a diversidade e o direito de existência de todas as pessoas: “Não Cutuca Que eu Me Empolgo! São 10 anos de folia colorindo as praças. Não Cutuca Que eu Me Empolgo! Nosso bloco ganha as ruas alegrando a massa”.


No ano de sua fundação, o bloco teve como tema “Cultura nas ruas”, fazendo um resgate dos antigos carnavais de blocos de rua da cidade. No ano II, o enredo “Vale Tudo” fez alusão à consagrada música de Tim Maia com uma ressalva na letra e a mudança para “também vale dançar homem com homem e mulher com mulher”. Já no ano III, o Não Cutuca fez São Leopoldo ficar colorida com o enredo “Toda forma de amar vale a pena”, demonstrando o amor seja ele como for.


“Seja quem você quiser”, o enredo do ano IV, colocou o bloco para a rua com a reflexão de que “a luta é minha, a luta é nossa, a luta é de todas as mulheres”. No ano V, reafirmando a luta do bloco para se colocar como popular, democrático e capaz de reunir todas as de pessoas em tempos de intolerância e preconceito, o Não Cutuca afirmou ser necessário “Respirar o amor, aspirando a liberdade”. No ano VI, com o enredo “Negro é a raiz da liberdade”, o bloco trouxe a força do baobá e do povo preto, mostrando que, em uma sociedade racista, não basta não ser racista: é preciso lutar por uma sociedade antirracista.


Com o fim do isolamento social, em decorrência da pandemia da Covid-19, e com muita responsabilidade, o Não Cutuca voltou para as ruas, em 2023, cheio de brilho e energia com o enredo “Ninguém vai poder querer nos dizer como amar”.


O desfile 2024 do Não Cutuca tem como parceiras e parceiros Start Comunicação, Afronte Cultural, Majestic Drink, Pé de Folha Comunicação Visual, Baguales Burger, Bandeira & Silva Advogados Associados, CRF Contabilidade, Bianca Gomes Designer, Diokin Sushi, Estação Gráfica, La Casa Frida, Leme Convenience Store, Marcenaria AZR, Show de Bola, Padaria e Confeitaria Sonho Doce e Top Car Multimarcas.


Sobre o Não Cutuca


O Bloco Carnavalesco Não Cutuca Que Eu Me Empolgo surgiu com o propósito de resgatar as tradicionais festas de rua dos anos 60 que ocorriam na região do Vale do Sinos e para a criação de ambientes democráticos e ecléticos às pessoas.


“O bloco vinha sendo pensado há alguns anos dentro do DCE da Unisinos e da Casa do Estudante. A intenção era fazer um movimento que não tivesse caráter competitivo, fosse aberto do ponto de vista musical, ocupasse as ruas e, sobretudo, um local onde quem fosse pudesse ter sua opinião e ficar à vontade”, afirma Rodrigo Kayser, um dos integrantes do bloco.


Em 2014, com a iminente ameaça do governo municipal de acabar com a Secretaria de Cultura, nasce o movimento Cultura nas Ruas, que realizou diversas ações culturais com diferentes representações artísticas da dança, música, teatro, poesia e pintura. “Com o fervor do movimento da época, sentiu-se a necessidade de movimento permanente, uma vez que se conteve o fechamento da secretaria, mas era preciso vigília. Foi então que explode a ideia do bloco, chamado de Bloco Ainda Sem Nome”, explica Kayser.


O nome Não Cutuca Que Eu Me Empolgo foi escolhido, de forma democrática, através de uma votação on-line. Para realizar o primeiro desfile, em 21 de fevereiro de 2015, o grupo contou com apoio de parceiras e parceiros da região e foi feita uma “vakinha” para arrecadar recursos.


Desde sua primeira aparição nas ruas de São Leopoldo, o bloco vem crescendo e movimentando mais de dez mil pessoas a cada ano. De caráter popular, sem viés lucrativo e organização por autogestão, as ações encaminhadas e executadas são realizadas por uma equipe voluntária. A prioridade é o livre acesso social e, por isso, os eventos culturais realizados são gratuitos e fomentados financeiramente pela economia criativa e rede de pessoas apoiadoras, em espaços públicos da cidade.


*Colaboração da jornalista Daniela Silva Huberty

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