Em defesa do bem comum: uma luta coletiva! - Por Cristiane Mainardi
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- 9 de ago.
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Chegou o momento de nos reorganizarmos em luta coletiva pelo direito à vida, em defesa da humanidade e do planeta contra a lógica destruidora de exploração do capital. Os sindicatos organizam a classe trabalhadora na luta por direitos, mas também se contrapõem à acumulação capitalista.
O capitalismo é resultado de uma evolução histórica que inicia com as grandes navegações e a expansão do comércio, possibilitando o acúmulo de capital através da conquista de colônias. A Revolução Industrial proporcionou o capitalismo industrial, com a fabricação de produtos manufaturados em larga escala. Agora, o capitalismo é financeiro, fundamentado nas leis dos bancos, do monopólio do mercado econômico e das big techs.
O atual capitalismo é neoliberal, não se restringe apenas à esfera econômica, mas atravessa todas as dimensões da vida humana. No neoliberalismo, toda a sociedade é como um “mercado” e a vida é concebida por princípios empresariais. O homo economicus é um capital humano superexplorado, um empreendedor de si mesmo. Precisamos resistir coletivamente contra as investidas do capital à nossa subjetividade, à nossa vida e ao nosso tempo, pois a vida não tem hora extra!
Estão governando nossos corações e mentes, ficamos individualizados, endividados, trabalhadores sem tempo para pensamento crítico e político. O mercado financeiro se utiliza da política para governar de acordo com os seus interesses e fazer leis em seu benefício. Por isso, temos que participar da política, estar muito atentos em quem elegemos, acompanhar o seu trabalho para que defendam os interesses do povo, da coletividade, e não das elites econômicas.
Hoje, a maioria do Congresso Nacional não defende os interesses do povo, mas do capital. O parlamento se organiza junto aos setores financeiros para atacar os serviços públicos. O que está em disputa são os recursos públicos deste bem comum que a população sustenta com o pagamento de impostos. Alertamos para a PEC 32 (Reforma Administrativa) que tramita no Congresso Nacional, pois ela está propondo uma verdadeira destruição dos serviços públicos e atingirá justamente quem mais precisa, a população. A narrativa construída de modernização e equilíbrio fiscal é uma falácia. A PEC 32 afetará somente a classe de servidores da linha de frente, excluindo os altos escalões. Discursos contra os serviços públicos são estratégias para enfraquecer esse setor, que tenciona pela garantia de direitos fundamentais e garante certa justiça social.
O CEPROL conclama a sociedade para a unidade da coletividade na luta pelo bem comum. Defenda os serviços públicos e a escola pública! Cobre do parlamentar que você elegeu que se posicione à favor do povo e contra a PEC 32. Se votar, não volta! Assine o Plebiscito Popular para defender a redução da jornada de trabalho e a taxação das grandes fortunas. Direitos somente são conquistados com luta!

Cristiane Mainardi, é professora e Presidenta do CEPROL Sindicato


































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