Em três semanas, operação no RS contra a violência doméstica tem 227 prisões e 44 armas apreendidas
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- 15 de set. de 2023
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Nas últimas três semanas, uma operação de repressão e prevenção à violência doméstica resultou em pelo menos 227 prisões e 44 armas retiradas de agressores no Rio Grande do Sul. A ofensiva, que recebeu o nome de Shamar, palavra em hebraico que significa "cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar", é coordenada pelo Ministério da Justiça. As prisões e apreensões foram realizadas em ações conjuntas da Brigada Militar e Polícia Civil.
As armas estão no foco da operação por um motivo: no primeiro semestre de 2023, 40% das vítimas de feminicídios morreram a tiro. Os dados da Polícia Civil apontam que 35,5% das mulheres foram assassinadas da mesma forma. Os números parciais da Operação Shamar, contabilizados até esta quarta-feira (13), apontam que ainda foram apreendidas 1.141 munições.
"Para nós é algo muito urgente cumprir todos os mandados expedidos para homens que tem arma de fogo. Isso é questionado para todas as mulheres que registram ocorrência, se esse homem tem arma de fogo, se tem acesso facilitado à arma de fogo", afirma a delegada Cristiane Ramos, da Delegacia da Mulher de Proteção e diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher do RS (Dipam).
Além da possibilidade de essa arma ser utilizada para cometer feminicídio, segundo a policial, muitas mulheres são mantidas em situação de violência porque sabem da existência de uma arma de fogo.
"É sempre importante fazer a retirada o mais rápido possível dessas armas", diz Cristiane.
Durante o período da ofensiva, foram solicitadas no Estado 1.947 medidas protetivas para mulheres, abertos 2.709 inquéritos e concluídos outros 2.540.
Só em Porto Alegre, a operação resultou até essa quarta em 18 prisões, 94 mandados de busca e apreensão, 14 armas apreendidas, 284 munições recolhidas e 99 denúncias anônimas apuradas.
Operação Shamar no RS
227 prisões;
44 armas;
1.141 munições;
2.709 inquéritos abertos;
2.540 inquéritos concluídos;
1.947 medidas protetivas solicitadas.
Fonte: GZH
































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