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Espetáculo “Elas Cantam e dançam Ney MatoGrosso" empolga público que lotou o Teatro Municipal

Atualizado: 15 de set.

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A irreverência, a ousadia e a liberdade estética de Ney Matogrosso ganharam novas formas, tons e movimentos no Teatro Municipal de São Leopoldo. Sob aplausos entusiasmados e toal cumplicidade do público, o espetáculo “Elas Cantam e Dançam Ney Matogrosso” transformou o palco em um santuário artístico onde música, dança e performance se fundiram para homenagear um dos maiores ícones da cultura brasileira.


O público atento e diversificado que lotou o nosso lindo e bem cuidado Teatro Municipal, viu-se diante de um tributo que foi muito além da reprodução de clássicos. Foi mais do que um show. Foi um manifesto. Foi um grito poético que atravessou o tempo, os limites de gênero, os dogmas morais e as convenções artísticas. O elenco que participou do espetáculo, imprimiu suas próprias marcas nas canções, reinterpretando o legado de Ney com respeito, beleza e principalmente um engajamento que emocionou. 


O corpo como palco de liberdade


O corpo sempre foi um instrumento político e poético na obra de Ney Matogrosso. E foi através dos movimentos, dos gestos e da presença,  que as intérpretes buscaram a força e a inspiração simbólica desse artista que, desde os anos 70, desafia os padrões e celebra o direito de ser e sentir.


Cada número da noite foi pensado para se ter uma sintonia com as luzes que cortavam a cena com dramaticidade, com os figurinos que brincavam com a ambiguidade e a sensualidade, características que fazem parte da trajetória sempre provocadora de Ney Matogrosso. “Homem com H”, “Poema”, “Balada do Louco”, “Sangue Latino”, “América do Sul” ... cada canção surgia como uma releitura afetiva, não apenas da música, mas também da coragem que Ney representa.


Vozes femininas, força coletiva


O espetáculo foi concebido e ensaiado por meses por um coletivo de artistas de São Leopoldo e região. A escolha de um elenco tão diverso para reverenciar um artista que sempre dialogou com o feminino em sua obra não foi casual. Pelo contrário: foi um gesto simbólico e estético poderoso.


As vozes femininas das Cantoras Jô Melia, Gabi Malgarin e Mariana Santiago, emprestaram ao mesmo tempo, a “fúria e delicadeza” de todas as canções. Elas criaram um território híbrido, onde a música de Ney ganhou um sentido especial na figura e talento de mulheres com suas experiências, visões e afetos de mulheres que também ocupam espaços de resistência e criação.


“O Ney sempre foi um artista à frente do seu tempo. Sempre foi múltiplo, provocador e livre. A gente quis mostrar que essa liberdade reflete em nós também, por meio de nossas vozes, em nossos corpos e em nossos sonhos. Essa homenagem é também um espelho”, declarou Jô Melia, uma das cantoras que interpretou Ney Matogrosso.


Ney, o eterno transgressor


Com 50 anos de carreira, Ney Matogrosso permanece como um corpo em combustão na música brasileira. Dono de uma das vozes mais singulares da MPB, ele é também um símbolo vivo de insubmissão as convenções sociais, culturais e até políticas. sicionamento político. Ney sempre dançou à margem, de olhos bem abertos para as contradições do mundo. 

O espetáculo, ao homenageá-lo, propôs mais que uma lembrança nostálgica. Ofereceu um mergulho profundo na potência transformadora da arte. Em tempos de intolerâncias e patrulhas culturais, homenagear Ney Matogrosso é, também, um posicionamento. Um lembrete de que a arte pode e deve, incomodar, libertar e colorir nossa sociedade.


O palco como território de afeto e rebeldia


Não foram poucas as vezes que o público aplaudiu e interagiu com o palco. O Teatro Municipal vibrou como raramente se vê. Para muitos, a noite foi um encontro com algo essencial e que faz muita falta nos dias atuais.  


“O que esse grupo de artistas e produtores fizeram, foi lindo. Foi uma declaração de amor à arte. Me emocionei em vários momentos”, contou a produtora cultural, Maria Claudia Mariana, que saiu encantada com o espetáculo.


Ao final do espetáculo, o elenco voltou ao palco para um bis coletivo. A plateia, já de pé, cantou junto, dançou junto, celebrou junto. Por alguns instantes, ali, naquele teatro, a liberdade parecia possível, como uma canção que insiste em ecoar, mesmo depois que as luzes se apagam. Ney Matogrosso, foi homenageado com muita competência e talento.


O espetáculo “Elas Cantam e dançam Ney MatoGrosso", tem a produção de Silvia Kurtz Bemvenuti (direção executiva), Juliana Tim (direção artística) e Mateus Ribeiro da Rocha Lima (direção musical). A banda é composta por Brunno (baixo, teclado e violino), Alemão Douglas (bateria) e Fredi Bessa (guitarra),  Camila Machado e Mateus Ribeiro (percussão). Jô Melia, Gabi Malgarin e Mariana Santiago, são as vocalistas. A parte de Poledancers, é composta por Juliana Tim, Nina Close e Lis Gasperin. Os figurinos foram produzidos por Amanda Andressa da Casa de Dentro com o apoio de Luigi Stefano Bocchi. A técnica tem como responsáveis, Leonardo Sturmer(sonorização) e Vivian Quadros(iluminação), a assistência-geral é de Demétrius Ribeiro e na recepção, Geórgia Silveira. O patrocínio é da Sicredi Pioneira. 


Da redação da www.startcomunicacaosl.com.br - Bado Jacoby

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