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Espetáculo “Pagu, empresta teus olhos” chega ao Teatro Municipal no dia 18 de dezembro


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O espetáculo “Pagu, empresta teus olhos” estreia no dia 18 de dezembro, em duas sessões, às 16h e às 20h, no Teatro Municipal de São Leopoldo. A montagem revisita a obra e a trajetória de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, jornalista, escritora, artista revolucionária e figura fundamental do Modernismo brasileiro.

A peça reúne poemas, trechos em prosa e passagens biográficas da autora, aliados a canções, projeções e dança contemporânea. Nascida em 1910, em São João da Boa Vista (SP), e falecida em 1962, Pagu foi um dos nomes mais expressivos do Movimento Antropofágico, ao lado de referências como Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Em 1933, publicou Parque Industrial, considerado o primeiro romance proletário do Brasil, no qual denunciou a exploração e as condições precárias enfrentadas pelas trabalhadoras — realidade que ainda ecoa entre mulheres do Vale do Sinos.


O espetáculo convida o público a mergulhar na poética de Pagu e na força de uma artista que sempre esteve à frente de seu tempo. “Sonhe. Tenha até pesadelos, se necessário for. Mas sonhe!”, lembra um dos pensamentos da autora que permeiam a montagem.

A apresentação tem entrada gratuita, com sugestão de doação de um pacote de absorventes, que será destinado a entidades que atendem mulheres.


Homenagem a Ari Meneghini

A estreia também presta homenagem póstuma ao ator e professor Ari Meneghini, falecido em agosto. O espetáculo é o último projeto escrito por ele em parceria com sua companheira, a atriz e diretora Cátia Cylene.

Para Cátia, revisitar o universo de Pagu reforça a centralidade do protagonismo feminino. “Com Pagu, a resistência cultural faz parte do cotidiano das que sonham, lutam e acreditam em dias melhores”, destaca.


A ideia do espetáculo surgiu em 2023, após Cátia e Ari apresentarem uma esquete sobre Pagu e Oswald de Andrade. A partir desse início, a diretora aprofundou estudos sobre a escritora e militante, destacando o apagamento de sua produção dos livros de literatura brasileira.

Em 2024, o casal inscreveu o projeto em edital da Lei Paulo Gustavo e obteve autorização para adaptação junto ao neto de Pagu. A estreia, que ocorreria em maio, foi adiada após o agravamento do estado de saúde de Ari, vítima de câncer.

“Concluir esse projeto é uma forma de honrar o legado do Ari e homenageá-lo. Ele sempre me incentivava em minhas escolhas”, afirma Cátia.


Leituraço Viva Pagu

Antes da estreia, no dia 11 de dezembro, às 19h, ocorre o Leituraço Viva Pagu, no Afrontе. Inspirado na frase da escritora — “É preciso ter livros, ler livros, procurar livros, trocar livros, emprestar livros…” — o encontro reúne leitores e admiradores para compartilhar e debater textos de Pagu.

O evento celebra a vida, a obra e a militância literária e política da autora, reconhecida pela defesa da cultura, da leitura e da participação ativa na vida intelectual brasileira.


Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels

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