Governo avalia nome da deputada Tabata Amaral como relatora da CPI do INSS

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Com a pressão da oposição para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a fraude no INSS, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve abandonar a ideia de adiar a instalação do colegiado.

Segundo disse o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), a estratégia agora é tentar garantir a relatoria, que poderia ficar com a deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

O requerimento para a criação da CPMI foi protocolado na segunda-feira (12) pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Apesar de capitaneado pela oposição, o texto contou também com apoio de governistas.

Do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tabata é uma das parlamentares da base que assinou o requerimento de criação da comissão.

Para Randolfe, uma CPMI é direito da oposição, mas a forma como os cargos da comissão são preenchidos deve respeitar o tamanho das bancadas.

Assim, Randolfe quer emplacar nomes favoráveis ao governo nos principais cargos na tentativa de reduzir danos para a administração de Lula.

Líderes do governo já afirmaram que qualquer investigação sobre o tema precisa abordar as fraudes realizadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Por sua vez, a deputada Tabata Amaral disse em entrevista ao site UOL não ter recebido o convite, mas que se sente preparada para exercer esta função. "É sempre estranho comentar sobre um convite que você não recebeu. Tenho muito carinho pelo senador Randolfe Rodrigues, mas ele não me convidou e o meu partido não foi procurado. Então realmente não cabe", disse. Tabata criticou a discussão em torno da origem da fraude, com esquerda e direita tentando colocar a culpa um no outro. Para a deputada, o caso respingará no centrão.

Fonte: UOL