“Levou as crianças para dormir e matou uma por vez ”, diz delegado sobre réu por morte de filhos em Alvorada
- Alexon Gabriel - Jornalista - MTB 11472/RS
- há 2 dias
- 2 min de leitura

O delegado Augusto Zenon foi a primeira das sete testemunhas de acusação a depor contra um homem, 31 anos, réu por matar os quatro filhos em Alvorada. O júri tem previsão de durar até três dias.
Em dezembro de 2022, época dos fatos, Augusto Zenon era o responsável pela volante do Departamento de Homicídios (DHPP). Na versão do delegado, o réu se dizia traído pela ex-companheira, mãe das vítimas.
“O preso se vitimizava o tempo todo, e dizia que gostava da ex, mas que ela o traía. Ele tentava culpar a mulher por ter cometido os crimes”, relatou Zenon.
Ainda conforme o delegado, o réu teria dopado as vítimas com remédios antes de matá-las, uma por vez, sob alegação de que as levaria para dormir. “Ele asfixiou a filha mais nova e depois matou as outras crianças, uma de cada vez, em um quarto. Ele dizia que levaria as vítimas para dormir e as matava. Havia secreção de alguma substância escorrendo na boca delas”, afirmou o delegado.
O crime ocorreu no dia 13 de dezembro de 2022. As vítimas são os irmãos Yasmin, 11 anos, Donavan, 8, Giovanna, 6, e Kimberlly, 3 anos. Três das crianças foram atingidas com golpes de faca, a mais nova tinha marcas de asfixia.
De acordo com o Ministério Público, o réu teria praticado os crimes para se vingar da mãe das vítimas, com quem teve um relacionamento de 11 anos. O casal estava separado a três meses e, segundo a acusação, o homem não aceitava o término. Ele foi preso um dia após os fatos, em um hotel, no Centro de Porto Alegre.
O promotor Plínio Castanho Dutra, que representa o MP, afirma que o denunciado cometeu quatro homicídios triplamente qualificados. As agravantes são motivo torpe, meio cruel e crimes praticados contra menores de 14 anos.
A equipe da advogada Thais Constantin, que defende o réu, preferiu reservar as manifestações para o plenário. Conforme a Polícia Civil, a mãe das crianças tinha medida protetiva contra o acusado. Ao ser preso, ele teria admitido informalmente a autoria dos crimes. Depois, em juízo, preferiu ficar em silêncio.
FONTE: CORREIO DO POVO
FOTO: Marcelo Horowitz
Kommentarer