Lula diz estar confiante em acordo comercial com os EUA após encontro com Donald Trump
- Andressa Brunner Michels - Jornalista - MTB 19281/RS

- 27 de out.
- 2 min de leitura

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (27), em Kuala Lumpur, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou estar convencido de que Brasil e Estados Unidos chegarão a um acordo comercial em breve. A declaração foi dada após o encontro com o presidente norte-americano Donald Trump, ocorrido no sábado (25), na capital da Malásia.
“Se depender do Trump e de mim, haverá acordo”, afirmou Lula, destacando que a conversa foi “surpreendentemente boa” e conduzida com respeito mútuo, apesar das diferenças ideológicas entre ambos.
Segundo o presidente, o diálogo demonstrou que posições políticas divergentes não impedem uma relação diplomática produtiva.
“Ele me respeita porque fui eleito pelo voto do povo brasileiro, e eu o respeito porque foi eleito pelo povo americano”, disse.
Durante a reunião, Lula entregou por escrito as demandas do governo brasileiro, incluindo o pedido de suspensão das tarifas impostas a produtos nacionais, que considera “injustas e baseadas em informações equivocadas”. O presidente destacou que os dados sobre o comércio bilateral foram apresentados a Trump.
“Mostrei que os Estados Unidos tiveram superávit de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos”, declarou.
Lula relatou que Trump demonstrou disposição para resolver o impasse rapidamente e orientou sua equipe a buscar uma solução em poucas semanas.
“Quando duas pessoas querem negociar de verdade, tudo fica mais fácil. Nós dois queremos o mesmo: que Brasil e Estados Unidos voltem a ter uma relação de confiança e benefício mútuo.”
O presidente também afirmou ter rechaçado qualquer tentativa de politização das relações bilaterais e destacou a seriedade das instituições brasileiras. Segundo ele, explicou a Trump que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi conduzido com base em provas e fundamentos legais.
“Havia um plano para matar o presidente, o vice e o ministro Alexandre de Moraes. Ele entendeu a gravidade do caso e ficou surpreso com as informações”, contou Lula.
O líder brasileiro classificou o diálogo como “franco e respeitoso” e reiterou que as divergências ideológicas não interferirão nas negociações.
Questionado sobre o impacto das negociações com Washington nas relações com a China, principal parceiro comercial do Brasil, Lula negou qualquer conflito de interesses.
O presidente reforçou que o país continuará mantendo uma política externa autônoma e equilibrada, dialogando também com outros blocos, como a União Europeia.
Encerrando a coletiva, Lula afirmou que o Brasil busca ampliar sua presença econômica internacional com base no pragmatismo e na defesa da soberania nacional.
Redação do www.startcomunicacaosl.com.br | Por Andressa Brunner Michels | Fonte: Correio do Povo


































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