Não é Chico, não é Gil e nem Caetano, os "campeões" do dinheiro publico são os cantores sertanejos
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Em levantamento feito a partir de contratos, prefeituras, emendas parlamentares, Lei Rouanet e verbas estaduais e federais, o deputado Dimas Gadelha expôs quem faturou alto com recursos públicos no país., contrariando a percepção recorrente de que nomes da MPB tradicional seriam os principais beneficiados por verbas governamentais destinadas à cultura.
De acordo com dados compilados a partir de contratos firmados para eventos públicos, festas municipais e programações oficiais, os maiores valores pagos atualmente estão associados a artistas do sertanejo, gênero que domina o circuito de grandes eventos patrocinados pelo poder público em diferentes regiões do país.
No topo do ranking aparece Gusttavo Lima, com cachês que chegam a R$ 52 milhões em contratos acumulados. Na sequência estão Bruno e Marrone, com R$ 45 milhões, e o cantor Leonardo, que soma cerca de R$ 42 milhões. Também figuram entre os maiores valores nomes consagrados do sertanejo como Chitãozinho e Xororó (R$ 38 milhões), César Menotti e Fabiano (R$ 35 milhões) e Zezé Di Camargo e Luciano (R$ 32 milhões).
O levantamento mostra ainda Eduardo Costa, com aproximadamente R$ 28 milhões, Amado Batista (R$ 23 milhões), Henrique e Juliano (R$ 20 milhões) e Fernando e Sorocaba (R$ 19 milhões). Todos os artistas listados tiveram parte significativa de seus cachês pagos por meio de contratações realizadas por administrações públicas para eventos culturais e festividades oficiais.
Especialistas em políticas culturais destacam que a contratação de artistas segue critérios definidos pelas administrações locais, como capacidade de público, apelo popular e retorno econômico indireto, especialmente em festas regionais e eventos turísticos. No entanto, os números reforçam que o maior volume de recursos públicos destinados a cachês artísticos está concentrado no setor sertanejo, e não em artistas historicamente associados à MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso ou Gilberto Gil, cujos contratos com o poder público são menos frequentes e, em geral, de menor valor.
A discussão sobre o uso de recursos públicos para contratação de shows voltou ao debate nacional nos últimos anos, especialmente após a polêmica entre o cantor Zezé Di Camargo e as herdeiras do Silvio Santos que hoje comandam o SBT e também da divulgação de contratos milionários entre cantores sertanejos e municípios pequenos e médio por porte com valores milionário.
Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br /Bado Jacoby







